As férias escolares estão chegando e neste período crianças e adolescentes voltam a passar a maior parte do dia em casa. Com esta mudança de rotina, sobra tempo para aproveitar o tempo livre e praticar novas atividades. No entanto, nesta época também aumenta, e muito, o número de acidentes domésticos envolvendo os menores.
No caso dos bebês de até um ano de idade, o principal risco é com asfixias, conta o pediatra Ângelo Bonadio. “As crianças nesta idade têm o costume de levar pequenos objetos à boca e correm o risco de engolir ou, então, vestir uma sacola plástica na cabeça e não conseguir retirar. Além disso, parte importante das asfixias ocorre no berço, com protetores mal posicionados ou até objetos soltos”, destaca.
Com crianças um pouco maiores, a preocupação passa a ser outra. “Grande parte dos acidentes domésticos com os pequenos, acima de dois anos de idade, está relacionada a traumas por queda, ou atropelamento”, alerta.
Segundo Ângelo, quase todos os acidentes ocorrem quando não há um adulto por perto e poderiam ser evitados. “A maioria dos pais que chegam ao hospital com uma criança que sofreu acidente fala a mesma coisa: ‘foi um minuto de descuido’, ou ‘saí para pegar algo e, ao voltar, já havia acontecido’”, conta.
De acordo com o pediatra, isso ocorre, pois as crianças identificam na ausência dos pais a oportunidade de fazer aquilo que querem, mas não é permitido, justamente, por representar riscos.
Confira os principais cuidados a serem tomados em casa para evitar acidentes com crianças:
1) Evitar o acesso de crianças a ambientes potencialmente perigosos, como: cozinhas, banheiros, lavanderias e garagens;
2) Deixar objetos, como moedas, pilhas, bijuterias, brinquedos pequenos e produtos perigosos fora do alcance de crianças (seguir a faixa etária de idade recomendada, na embalagem dos brinquedos);
3) Não deixá-las brincando sozinhas em locais que ofereçam riscos, como quintais e calçadas;
4) Sempre utilizar equipamentos de segurança, como: capacetes e joelheiras, ao andar de bicicleta, patinete ou skate;
5) Não deixar baldes com água em locais em que crianças possam cair e se afogar;
6) Proteger piscinas com lonas ou grades, impedindo o acesso dos pequenos;
7) Colocar telas em sacadas de apartamentos ou janelas altas e portões em acessos de escadas;
8) Sempre deixar carros trancados e as chaves em locais seguros, longe do alcance das crianças;
9) Orientar as crianças, conforme a idade, para os riscos de cada objeto ou local perigoso;
10) Manter remédios e produtos químicos e de limpeza em locais fora do alcance das crianças;
11) Procurar imediatamente apoio médico, no caso de qualquer ocorrência de acidente doméstico envolvendo crianças.
Fonte: Ângelo Bonadio, pediatra.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.