Para a grande maioria das mulheres, a época da gravidez costuma ser cheia de expectativas e incertezas. No período, é muito comum existirem perguntas como: o bebê é menino ou menina. Ele vai parecer mais a mãe ou o pai. Além das dúvidas mais recorrentes, aspectos ligados ao parto também devem ser debatidos com frequência entre os casais e seus médicos.
Atualmente existem várias recomendações científicas para a realização do parto adequado, que traz muitos benefícios para a mãe e bebê. Dentre as boas práticas, recomenda-se aguardar cerca de três minutos para o corte do cordão umbilical, exceto em situações específicas do parto e doenças da mãe.
“São de 80 a 100 ml de sangue transportado da placenta para o recém-nascido, e isso aumenta os níveis de substâncias importantes sem trazer qualquer risco para a mãe”, explica o ginecologista e obstetra Dr. Rubens Paulo Gonçalves Filho.
A técnica eleva ainda o número de glóbulos vermelhos, hemoglobina e ferritina, diminuindo as chances de anemia até os três meses de vida e outros problemas de desenvolvimento que podem surgir na criança.
Além disso, ao receber essa quantidade significativa de sangue, os órgãos do bebê passam a ter um funcionamento mais adequado logo nas primeiras horas. “A técnica é simples e altera muito pouco a rotina do parto. Basta esperar o cordão parar de pulsar, o que leva cerca de três minutos”, explica o especialista. A prática pode ser feita até mesmo em casos de prematuridade.
Apesar do número de evidências sobre os benefícios de atrasar o corte, há pesquisas que afirmam que o fato de o bebê receber mais sangue materno aumenta as chances de sofrer icterícia. “O benefício de atrasar o corte compensa os riscos do surgimento desta doença”, completa o especialista. O tratamento é simples e feito por meio de fototerapia, o popular banho de luz. Normalmente são prescritos um ou dois dias de fototerapia. Porém o tempo dependerá do quão acentuada está a icterícia.
Fonte: Dr. Rubens Paulo Gonçalves Filho, ginecologista e obstetra.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.