A notícias falsas não são novidade no ambiente online. Atualmente, apesar de cada vez mais pessoas estarem familiarizadas com as “pegadinhas” da rede como clickbaits e imagens modificadas, as informações falsas ainda resistem. Por conta disto, os pais precisam saber como orientar as crianças para não serem influenciadas por essas notícias falsas.
Nos últimos meses, as “fake news”, notícias fabricadas, se tornaram assunto de interesse público.Informações levianamente apuradas caíram nas timelines de milhões de usuários e se metamorfosearam em pseudoverdades.
Segundo Fabiany Lima, CEO e fundadora da ferramenta psicossocial Timokids, os pais devem tomar os devidos cuidados em relação as notícias online e buscar orientar sempre seus filhos sobre o que consumir na internet. De acordo com relatório da UNICEF de 2017, um a cada três usuários da rede é menor de 18 anos.
Assíduas na internet, muitas vezes elas não possuem filtros para separar o que pode ou não vir a ser uma informação verdadeira. Manchetes chamativas e palavras “isca” podem atrair a atenção dos pequenos, que muitas vezes não têm domínio do assunto tratado.
Seguem algumas dicas de Fabiany para os pais que querem orientar as crianças acerca dos perigos das “fake news”:
Incentivar a leitura: os pais devem incentivar a leitura independentemente do cenário em questão. Quanto mais a criança estiver habituada com as palavras, melhor ela poderá identificar o uso de termos pejorativos e outras práticas tendenciosas;
Preparar melhor para a realidade: uma criança que conhece uma situação, está preparada para enfrentá-la. O mundo não é apenas alegria e diversão então, enquanto há tempo, temos que fazer com que as crianças tenham conhecimento prévio de responsabilidade social, ambiental, segurança coletiva e de si mesmas. Quanto mais preparadas, melhor;
Falar sobre o mundo em que vivemos: a sociedade é complexa e não devemos esperar que nossos filhos entendam questões geopolíticas, sociais e filosóficas enquanto pequenos. No entanto, os pais podem estimular a curiosidade acerca de temas mais leves que envolvam estas disciplinas como mapas, línguas, culturas estrangeiras e atualidades. Dessa forma, a criança já começa a desenvolver suas habilidades de compreensão do universo fora do cerco familiar;
Acompanhar o que seu filho assiste/lê: uma vez sozinhas no ambiente online, as crianças exploram qualquer território que lhes chame a atenção. A ordem é sempre orientar para os perigos das redes sociais, mas conversar com os filhos sobre o que eles estão assistindo, quem eles seguem nas redes, quais canais são seus preferidos também é essencial.
Fonte: Fabiany Lima é empreendedora, mãe de gêmeas, fundadora e CEO do Timokids.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.