O uso de celulares e tablets é cada vez mais comum entre crianças e adolescentes, tanto que já se discute a formação de uma “geração cabeça baixa”. A fisioterapeuta e especialista em traumatologia e ortopedia, Patrícia Prieto, ressalta que nos últimos anos o número de crianças e adolescentes com desequilíbrio postural aumentou. “Está cada vez mais frequente o atendimento de crianças entre 10 e 16 anos com problemas de coluna lombar, cervical e dorsal e o uso da tecnologia é um dos principais fatores desses transtornos muscoloesqueléticos”, explica a especialista.
Patrícia alerta ainda que existem alguns sinais fáceis para reconhecer o início de um desequilíbrio e indicar o melhorar tratamento por faixa etária. Desta forma, a especialista aconselha que os pais fiquem atentos para um ou mais desses indicadores abaixo e que procurem um especialista. “Nessa fase da pré-adolescência a mobilidade da coluna é maior, sendo a melhor hora para detectar e tratar alguma alteração, tornando o tratamento mais fácil e eficaz”, afirma a especialista. São eles:
1 – Um ombro mais baixo que o outro;
2 – Assimetria na face e inclinação de cabeça;
3 – Diferença entre as cinturas. Por exemplo, ter um lado mais afunilado que o outro;
4 – Ombros muito para frente;
5 – Barriga muito para frente e bumbum arrebitado;
6 – Joelhos para dentro;
7 – Observar se a criança está pisando mais para dentro (pé chato) ou para fora e se cai demais, pode ser um indício de problema com a pisada.
Por Hugo Shigematsu.
Fonte: Patrícia Prieto, fisioterapeuta e especialista em traumatologia e ortopedia.
Leia também:
Dores na idade adulta pode ser consequência de má postura na infância
Entenda a importância da avaliação postural infantil para a saúde da criança
Mochilas muito pesadas ou usadas incorretamente podem causar problemas para as crianças
Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.