Criança no mercado é garantia de colocar no carrinho doces para a criançada. Chocolate, bala, chiclete e bolacha são as mais pedidas pelos filhos, segundo pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Instituto Alana.
A maioria dos pais que participaram do estudo mostrou preocupação com a alimentação saudável dos filhos, que tinham entre 3 e 11 anos. No entanto, 7 em cada 10 entrevistados admitiram serem influenciados pelas crianças na hora da compra.
O poder que as crianças têm na hora de levar certos produtos para casa pode trazer prejuízos para a saúde. Segundo dados da pesquisa, bolachas (82%), refrigerantes (70%) e salgadinhos (64%) são os alimentos industrializados mais consumidos durante a semana.
O problema é o exagero, que pode causar deficiências nutricionais e problemas graves como diabetes e colesterol alto. Parece difícil, mas é possível reeducar o cardápio dos filhos, e o primeiro passo é os pais prestarem atenção ao próprio prato.
Para o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a família é o modelo que a criança segue. Assim, se fast food e produtos industrializados, como doces e salgadinhos, forem rotina em casa, fica difícil evitar o consumo desses alimentos prejudiciais à saúde pelos pequenos.
“A ingestão frequente desses alimentos pode causar inúmeros malefícios à criança, como baixo peso, falta de atenção, desenvolvimento lento e deficiência de nutrientes. Excessos cometidos na infância também estão relacionados à obesidade e a doenças crônicas, como a hipertensão, no futuro”, explica.
Os pais devem elaborar um cardápio saudável para a família inteira, acrescentando frutas, legumes, verduras, laticínios e cereais integrais, que concentram nutrientes fundamentais para o crescimento dos filhos. Quando esse tipo de alimento é apresentado à criança desde cedo, ela se acostuma naturalmente a comer de forma saudável.
Fontes: Mauro Fisberg é nutrólogo e pediatra, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.