Você sabia que inteligência emocional é a chave para criar filhos felizes? Compreender e lidar com as próprias emoções são competências importantes que devem ser desenvolvidas na infância para o alcance do sucesso na vida adulta, seja no âmbito pessoal, acadêmico ou profissional.
Autora dos livros infantis “Tenho Monstros na Barriga”, “Tenho Mais Monstros na Barriga” e das coleções “Minhas Emoções” e ”Eu e o Mundo”, Tonia Casarin, destaca que a inteligência emocional está vinculada à construção de um ser humano íntegro – indivíduo, profissional e cidadão.
‘’Segundo a ciência, as conexões neurais de nossos cérebros em regiões responsáveis por controlar as emoções, cognição, linguagem e memória, são construídas desde a infância e têm a função de ditarem a forma como reagiremos diante de diferentes circunstâncias da vida, das mais alegres às mais difíceis. Por isso, desenvolver a inteligência emocional durante a infância é primordial’’, explica.
Ainda de acordo com a educadora, a importância da temática também se estende a questões sociais. Afinal de contas, vivemos mudanças exponenciais, um mundo sem fronteiras, em que a velocidade da tecnologia é muito rápida.
“Tudo isso demanda de nós a capacidade de nos adaptarmos constantemente e, por isso, as competências socioemocionais são cada vez mais necessárias. Ao desenvolvê-las, o indivíduo consegue saber quem é e quais decisões deve tomar, considerando que a incerteza é uma das únicas certezas que teremos’’, completa.
É possível notar nos dias de hoje que até mesmo os adultos sentem dificuldade para entender suas próprias emoções e, de acordo com Tonia, isso acontece justamente pela falta de informação sobre o tema.
‘’A maioria das pessoas não sabe nomear as emoções porque não foram ensinadas a isso. Quando trazemos o assunto para o universo infantil, não é diferente. É comum que as crianças não tenham vocabulário sobre o assunto e não saibam expressar como se sentem, e isso é traço de um ciclo cultural’’, conta.
De acordo com a educadora, o primeiro passo para mudar este cenário é buscar conhecimento sobre o assunto e ensinar as crianças a nomear suas emoções. É através dessa ação que inicia-se um processo de autoconhecimento e consciência dos pequenos, que criam um norte sobre seus sentimentos e atitudes.
Entendendo suas próprias emoções, as crianças estão prontas para lidar com elas, por isso, é importante que pais, responsáveis e até mesmo educadores deem suporte emocional a elas, ajudando-as a desenvolver uma narrativa coerente sobre suas experiências de vida.
‘’Crianças que aprendem a gerenciar emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar decisões de maneira responsável, se tornam adultos mais conscientes, melhores profissionais e menos suscetíveis a problemas como ansiedade e depressão’’, destaca.
É hora de encontrar o caminho para auxiliar o desenvolvimento das competências socioemocionais. De acordo com Tonia, existem atitudes e ferramentas para isso. Confira!
‘’Fale com a criança sobre seus sentimentos e crie um espaço seguro. Essa relação de troca e vulnerabilidade conecta e fortalece os vínculos das relações e cria um espaço seguro em casa ou na escola em que a criança percebe que ali ela pode falar dos seus sentimentos.‘’
‘’Acolher as emoções também é uma forma de mostrar às crianças que as sentir é normal. Dizer: “Eu entendo’’; “Isso foi difícil”; “Sei como se sente”, não significa que a criança pode se comportar de uma forma agressiva, por exemplo, quando sentir raiva.
A mensagem é que tudo bem sentir raiva, mas não é tudo bem bater no irmão quando está com raiva. Pergunte à criança que outra forma existe para expressar a raiva. Encontrem soluções e caminhos juntos‘’, indica.
Existem diversas ferramentas que contribuem para o desenvolvimento da inteligência emocional, entre elas, os livros.
Tonia, conhecida pelas obras ‘’Tenho Monstros na Barriga” e “Tenho Mais Monstros na Barriga’’, traz para os títulos narrativas que ensinam os pequenos sobre os ‘’monstros’’ que surgem na barriga, ou seja, as emoções.
De forma lúdica, os pequenos passam a entender como se sentem em diferentes situações. Na mesma linha, a autora contribuiu para a criação das coleções de livros da Dentro da História ‘’Minhas Emoções” e ”Eu e o Mundo’’.
As histórias possibilitam a personalização de um avatar com características físicas das crianças para que vivenciem histórias ao lado de diferentes ‘’monstros’’, como a alegria, frustração, medo e ansiedade, o que gera maior empatia com os personagens, identificação com as histórias e maior retenção de conhecimento.
Nossa fonte: Tonia Casarin, autora dos livros infantis “Tenho Monstros na Barriga” e “Tenho Mais Monstros na Barriga”.
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