Quem não lembra de uma brincadeira preferida ou passeio em família no verão? Banho de piscina, mangueira, casinha na árvore ou embaixo da mesa. Para as crianças, uma atividade simples e que pode ser feita em casa tem um valor especial e pode tornar as férias inesquecíveis.
Segundo a pedagoga Márcia Murillo, pedagoga da empresa Mercur, férias é tempo de descanso, de repor energias, de se preparar para o próximo ano que chega. Em períodos normais, muitas famílias não possuem o mesmo descanso que as crianças, ou possuem em tempo reduzido, o que dificulta este “encontro” entre as gerações. Essa falta de tempo acaba deixando as crianças expostas a um computador, tablet, smartphone ou a televisão por períodos prolongados, muitas vezes acarretando no chamado estresse tóxico infantil.
“Aproveitar o tempo juntos para propor espaços de criação pode ser uma ótima oportunidade de provocar as crianças a viverem outras experiências. Tanto ao longo das férias, como ao longo de uma vida inteira. Ao incentivar e mobilizar crianças, elas deixam de ocupar um lugar de passividade e comodidade. Corpo em ação é corpo em atitude, em tomada de decisões. Insistir e persistir nos convites para fazer algo novo pode ser uma ótima experiência para a vida”, ressalta.
No entanto, segundo a pedagoga, o ócio também deve ser respeitado. Não somente nas férias, mas em todas as fases da vida. “Respeitar o ócio é respeitar o espaço de solidão e introspecção da criança. O tempo, geralmente fragmentado e apressado, coloca as crianças em contato com suas fragilidades, assim como faz com os adultos. No ritmo acelerado, perdemos a nossa força criadora, não dando espaço para a imaginação e o poder de decisão. Então é preciso permitir também a tomada de decisões sobre o que quer fazer, o que sente, o que não quer fazer, para que perceba e descubra questões básicas de sua existência”, explica.
Para despertar o interesse dos pequenos e tornar os dias longe da escola recheados de experiências, aventuras e diversão, garimpamos algumas ideias para crianças de todas as idades. Veja:
Pista de obstáculos em casa ou no pátio – Vale passar por baixo da mesa, imaginando que é uma caverna, pular um rio de almofadas ou atravessar uma ponte de cadeiras enfileiradas. Colar barbantes e fitas nas paredes de um corredor criando um desafio também pode entreter. Que tal uma cesta de basquete com um balde? O que vale é a imaginação!
Juntos na cozinha – Saber de onde vêm os alimentos e como são preparados pode ser mais divertido do que pensamos. Como a cenoura vai parar dentro do bolo? De onde vem a farinha e os ovos? Porque precisa colocar no forno? Este é um tempo juntos que, além de divertido, pode ensinar coisas práticas da vida diária.
CD ou pendrive com as músicas preferidas da família – Para ouvir no carro, durante a viagem ou dançar muito em casa. Envolva todo mundo na escolha das músicas e pergunte sobre o motivo da escolha para cada um. Isso pode gerar identificação e ensinar sobre a importância de respeitar todos os gostos.
Exploradores da natureza – Saia com um balde e proponha recolher os galhos, as folhas, flores e pedras mais interessantes do caminho. Dá para contar o número de pássaros no parque ou na praça e até catalogar as árvores do bairro. O que importa é aproveitar a natureza que está pertinho de vocês.
Material escolar organizado – Com as férias chegando ao fim, vale conferir o que dá para reaproveitar e o que está faltando na mochila. Ensine a separar, a observar se o giz ou lápis ainda pode ser usado, a limpar e a lavar o estojo e mochila que podem ser reaproveitados. Faça capas personalizadas para os cadernos.
Crie memórias – Fazer bolhas de sabão, ajudar a cuidar do jardim ou da horta, recortar papéis ou colar sucatas, empinar pipa ou até escrever uma história em quadrinhos. O que vale é guardar na memória os momentos especiais e criativos das férias.
Fonte: Márcia Murillo, pedagoga da empresa Mercur.