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Epilepsia na infância: esclareça os mitos sobre a doença

Epilepsia

A epilepsia afeta cerca de 65 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença neurológica é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que emite sinais incorretos durante alguns segundos ou minutos, e pode surgir em qualquer idade, inclusive na infância.

 “As causas vão desde doenças estruturais como neurocisticercose, derrames, tumores e sequela de acidentes e até predisposição genética”, diz o neurocirurgião Paulo Porto de Melo. Em 70% dos casos, as crises são controláveis e muitas pessoas que têm epilepsia levam uma vida normal. Podem ser indicados medicamentos, além de dietas especiais, orientadas por especialistas.

 Segundo a OMS, 5% da população terá ao menos uma crise na vida. Assim, é importante entender melhor sobre a doença que é rodeada de mitos. Confira alguns esclarecidos pelo neurocirurgião!

1 – Durante uma crise, é preciso impedir que o paciente engasgue com sua própria língua.

MITO. É um erro comum e perigoso; não se deve introduzir os dedos dentro da boca do paciente, pelo risco de lesões graves nos dedos, e muito menos introduzir objetos rígidos, pelo risco de lesões dentárias e gengivais graves em quem está tendo a crise. “O correto é virar o paciente de lado, protegê-lo, deixar que a saliva escorra e aguardar calmamente que a crise acabe, o que ocorre geralmente antes de três minutos”, esclarece Melo.

2 – As crises podem ser controladas com medicamentos.

VERDADE. O uso regular de medicações é capaz de controlar adequadamente as crises em 70% dos casos.

3 – Epilepsia tem tratamento, mas não tem cura.

MITO. Em alguns casos, existe a possibilidade de cura, como o amadurecimento do cérebro em alguns tipos de epilepsias infantis ou após um procedimento cirúrgico que retire a causa das crises.

4 – Pacientes com epilepsia têm dificuldades mentais.

MITO. A maioria dos pacientes com epilepsia tem inteligência normal, alguns até acima da média. Apenas uma pequena parcela apresenta patologias que causam dificuldade intelectual associada às crises.

5 –Quem tem epilepsia pode levar uma vida normal.

VERDADE. Pacientes bem controlados podem e devem trabalhar, praticar esportes, casar, ter filhos, etc. Após dois anos de controle e bom seguimento clínico, o paciente pode, inclusive, dirigir automóveis.

Fonte: Paulo Porto de Melo, neurocirurgião.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.