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Vacina contra HPV deve ser aplicada em meninas já aos 9 anos


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Foto: Freepik.

Estudos apontam que a infecção pelo HPV (papilomavírus humano) pode ocorrer antes mesmo da primeira relação sexual, pois ele é transmitido por células contaminadas, e não por fluidos. A transmissão pode ocorrer pelo contato com uma mão que já teve contato com o vírus, por exemplo. Por isso, especialistas recomendam a vacinação em meninas a partir dos 9 anos de idade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a vacinação como a principal forma de prevenção contra a maioria dos tipos do vírus HPV. No entanto, as vacinas ainda são encontradas apenas em clínicas de imunização particulares e cada aplicação (são necessárias três) custa em média 300 reais. Para torná-las mais acessíveis, o Ministério da Saúde discute a inclusão das vacinas na rede pública. O projeto de lei prevê que meninas de 9 a 14 anos tenham o direito de receber de graça a vacina e está sendo analisado pela câmara dos deputados.

A preocupação de alguns especialistas é a de que os pais tenham receito em vacinar as filhas tão cedo, com medo de que a atitude possa influenciar o início precoce da vida sexual. No entanto, é preciso lembrar que a contaminação pode acontecer mesmo sem a penetração no ato sexual e, o mais importante, que a vacina reduz os riscos de desenvolver câncer.

O HPV provoca lesões na pele e nas mucosas e é o principal causador do câncer do colo do útero, sendo que 90% de todos os tumores da região são decorrentes do vírus. Sua transmissão ocorre por contato direto com a pele infectada, através de relação sexual sem proteção, carícias que envolvam contato com as mucosas, e de mãe para filho durante o parto.

O Ministério da Saúde recomenda que a vacinação seja feita até os 26 anos, porém os médicos indicam a imunização, que dura até 10 anos, para mulheres em qualquer idade. É importante saber que, mesmo com a vacinação, exames preventivos são indispensáveis, bem como o uso de preservativo na relação sexual, já que as vacinas protegem apenas contra alguns tipos virais.

Além das meninas, garotos com idade entre 11 e 14 anos também começaram a receber a vacina neste ano. A ampliação da imunização do público masculino no Brasil visa a prevenção dessas doenças nos indivíduos vacinados no período sexualmente ativo e também a redução da transmissão do vírus para as respectivas parceiras sexuais.

 
Texto de Marisa Sei
 
 
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