O aprendizado musical melhora a capacidade cognitiva e social das crianças

De cantigas de roda a Mozart, tudo vale para estimular o desenvolvimento intelectual das crianças. Quanto mais cedo elas aprenderem a tocar algum instrumento musical ou praticarem canto, melhor será seu desenvolvimento afetivo, social e cognitivo. Então, que tal incentivar os pequenos a praticarem música?

“Pesquisadores da Escola de Medicina de Hardard, nos Estados Unidos, e da Universidade de Jena (Alemanha), revelaram que, ao comparar cérebros de músicos e não músicos, os do primeiro grupo apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor”, diz a doutora e educação Monique Andries Nogueira. 

Quando se fala em desenvolvimento infantil, é comum pensar apenas no desempenho nos estudos, notas na escola etc. Porém, os benefícios que a música traz vão além.

“A prática do cantar auxilia no desenvolvimento afetivo, social, na aquisição da linguagem e ativa a memória. Associada a movimentos (como a dança), desenvolve também a coordenação motora”, explica a professora Suréia Avallone, da Universidade do Sagrado Coração (USC). Ou seja, o contato com a música pode colaborar com a habilidade de comunicação e melhora a absorção de outros tipos de informação.

Aulas de música na escola, desde cedo, podem até melhorar os aprendizados de matemática. “Estudos apontam a proximidade entre a música e o raciocínio lógico matemático. Pesquisa da Universidade de Wisconsin (EUA) mostrou que alunos que receberam aulas de música apresentavam resultados de 15 a 41% superiores em testes de matemática do que os de outras crianças”,  completa Monique.

Ouvir música com atenção, percebendo a letra e os diferentes sons já contribui para esse desenvolvimento, contudo, torna-se mais visível em crianças que cantam ou tocam algum instrumento musical. 

 
Fonte
Monique Andries Nogueira, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Suréia Avallone, professora da Universidade do Sagrado Coração (USC), pós graduada em Psicopedagogia Educacional e Clínica e em Educação Especial