Casos recorrentes de febre e infecções em crianças de até três anos de idade sempre tiraram e continuam tirando o sono dos pais. Muitos acreditam que este quadro esteja ligado a uma carência do sistema imunológico dos filhos. “As pessoas têm fobia dos sintomas de febre. Nesse momento, o que está acontecendo é nada mais que uma resposta do sistema defensivo. É um processo natural”, esclarece a pediatra Natacha Sakai.
Mas, afinal, é possível identificar se o caso de seu filho está relacionado com baixa imunidade? De acordo com a pediatra, sim. Segundo ela, as chances de uma deficiência primária são mínimas, mas é possível identificá-la clinicamente, por exemplo, quando há recorrência de infecções graves, como meningites e pneumonias ou ainda, efeitos adversos com a vacinação BCG.
Em geral, as crianças nesta faixa etária podem ser acometidas até 12 vezes ao ano por febre ou infecção. Alguns desses casos estão intimamente relacionados com o tempo de aleitamento materno. “A amamentação é importante e exclusiva durante os seis primeiros meses de vida. O ideal é mantê-la pelo menos até os dois anos, porém muitas mães têm que retornar ao trabalho e isso inviabiliza o processo”, ressalta.
Se seu filho frequenta escola ou creche, prepare-se. A frequência de resfriados, febres e outras doenças contagiosas chega a dobrar. Isso por causa do ambiente. “Mesmo assim, não há motivo para pânico. Os pais devem se atentar ao comportamento do filho. Se, mesmo com febre, a criança continuar brincando, não recusar líquidos, não apresentar ausência de urina e manchas pelo corpo, observe e aguarde. A maioria dos casos há uma melhora significativa a partir do quarto dia”, orienta a especialista.
Manter a vacinação de seu filho em dia; não abusar do uso de antibióticos; evitar idas ao pronto-socorro; conservar o ambiente livre fumaça de cigarros e fazer a higienização das mãos, são algumas dicas da pediatra para prevenir os casos infecciosos.
Fonte: Natacha Sakai, pediatra.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.