Uma das premissas de quem busca uma vida mais leve e saudável é a de que as gorduras não são bem-vindas na dieta e devem ser reduzidas ou eliminadas, porém, na prática não é bem assim que funciona, pois, existem gorduras boas, inclusive, essenciais para o funcionamento e desenvolvimento do organismo, como é o caso dos Ômegas 3, 6 e 9, que devem ser consumidos, com moderação, para garantir o bom desempenho do metabolismo humano e ainda prevenir uma série de doenças.
Estes lipídeos são classificados como ácidos graxos poli-insaturados, e são fundamentais para a manutenção de algumas funções do organismo, eles ainda colaboram na produção de hormônios e são usados como energia pelo corpo.
Estudos mostram que os ácidos graxos poli-insaturados trazem diversos benefícios para o organismo, eles não só possuem efeitos preventivos, como também têm a capacidade de auxiliar no tratamento e combate à várias patologias, e entre suas principais funções está a proteção da saúde cardiovascular e cerebral. Os Ômegas ajudam a diminuir os níveis de colesterol e triglicérides e ainda produzem substâncias anti-inflamatórias, que também auxiliam na formação do tecido adiposo e podem bloquear as enzimas que produzem a inflamação da artrite reumatoide aliviando seus sintomas, em especial o ômega-6.
A nutricionista Joanna Carollo explica que esses nutrientes são compostos por ácidos graxos como o EPA (ácido eicosapentaenoico), o DHA (ácido docosahexaenoico) e o ácido alfa-linolênico (ALA), substâncias benéficas à saúde e capazes de melhorar o desempenho do sistema circulatório, impedindo a formação e acúmulo de plaquetas nos vasos sanguíneos que podem causar doenças como derrame ou infarto. “Eles também possuem propriedades antioxidantes que neutralizam o excesso dos radicais livres no organismo. Além disso, sua atuação está relacionada com a formação de parte do tecido cerebral, e seu potencial capaz de otimizar as funções cognitivas e de memória vem sendo pesquisados, inclusive como um método preventivo contra doenças degenerativas”, explica a nutricionista.
A especialista acrescenta que esses nutrientes também são fundamentais para as gestantes, pois participam diretamente no desenvolvimento fetal, colaborando com a formação da retina ocular e do sistema imunitário dos bebês. Outro fato importante é que essas substâncias são usadas como auxiliares no tratamento de idosos, na forma de suplementação, graças ao seu potencial preventivo contra déficits cognitivos, perda de memória, insônia e, até mesmo, ansiedade.
Uma dieta equilibrada com uma variação no uso dos óleos vegetais, o consumo regular de peixes e a inclusão de oleaginosas e sementes, como a linhaça, chia e nozes no cardápio pode suprir a necessidade desses nutrientes no organismo. Mas é preciso se atentar para alguns detalhes que podem fazer a diferença, pois uma alimentação deficiente, que não equilibre os diferentes ômegas pode provocar a carência dessas gorduras e prejudicar o metabolismo.
Fonte: Joanna Carollo, nutricionista.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.