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Anemia afeta mais de 40% das gestantes

 

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Imagem: Pixabay.

Gravidez é um momento de alegria, de espera e também de muitos cuidados não somente com o bebê, mas também com a mamãe. Uma doença comum durante a gestação, a anemia ferropriva, causada por deficiência de ferro, pode ser facilmente evitada com a suplementação de ferro. Mas não pode descuidar.

E com falta de ferro não se brinca! Segundo a médica ginecologista e obstetra, Cassiana Giribela, “a predisposição a doenças infecciosas e o aumento de mortalidade em mães, além de partos prematuros e complicações neurológicas nos bebês, são efeitos da anemia na gravidez”. Para o feto, também há inúmeras consequências, “como perdas gestacionais (abortamentos, óbito intrauterino), hipoxemia fetal (redução da quantidade de oxigênio), prematuridade, ruptura prematura das membranas, quadros infecciosos, restrição de crescimento fetal e anemia no primeiro ano de vida, devido as baixas reservas de ferro no recém-nascido”, explica a Dra. Cassiana.

O Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomendam o uso de suplementação diária de ferro e ingestão de alimentos ricos neste nutriente para todas as gestantes, principalmente a partir do segundo trimestre da gravidez.

 

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Tratamento

Apesar de ser um problema bastante frequente, o tratamento não é complicado. Mas a Dra. Cassiana garante que a reposição do ferro apenas com a alimentação não é suficiente durante esse período. “Com o desenvolvimento de produtos avançados, algumas opções de suplementos têm até três vezes mais absorção de ferro do que outras. Novos compostos com ferro evitam efeitos colaterais comuns da suplementação do ferro, como os gastrointestinais, que muitas vezes inviabilizam o tratamento, além de evitar o risco de possíveis intoxicações do excesso de ferro no organismo”, explica.

Como todo tratamento médico, a suplementação pode ter alguns efeitos indesejados. “Na verdade, a efetividade do tratamento depende da capacidade de absorção intestinal, e, principalmente, da tolerabilidade ao tratamento oral”, comenta Cassiana.

 

A médica explica que existem inúmeros efeitos adversos, geralmente gastrointestinais (náuseas, vômitos, epigastralgia, diarreia e constipação intestinal). Em aproximadamente 10 a 40% das pacientes, a intolerância é tão intensa que inviabiliza o tratamento por via oral. A indústria farmacêutica hoje dispõe de novas tecnologias mais recentes, que garantem maior absorção de ferro e menos desses efeitos colaterais.

 
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