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O papel dos alimentos no tratamento contra o câncer infantil

Câncer

A importância de uma alimentação saudável em crianças com câncer se sustenta na ideia de que o funcionamento dos sistemas vitais só é mantido de maneira adequada quando o estado nutricional do paciente está preservado.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) aponta que, em situações de desnutrição causada pelo consumo insuficiente de nutrientes, são documentadas alterações nas funções pulmonar, cardíaca, gastrointestinal, hepática, pancreática, renal, linforreticular e hematopoiética, o que pode prejudicar nos resultados positivos do tratamento contra o câncer, que muitas vezes é baseado em quimioterapia.

Priscila Lemos, nutricionista da SOBOPE, afirma que o acompanhamento e orientação nutricional são necessários desde o diagnóstico, pois o câncer é uma doença catabólica, ou seja, o tumor maligno atua de forma a consumir as reservas nutricionais do hospedeiro, o que causa perda de peso e consequentemente de elementos nutricionais fundamentais para manter o corpo em pleno funcionamento. O tratamento causa prejuízos nutricionais, pois é muito agressivo e tem efeitos negativos sobre as diversas funções, como a gastrointestinal, por exemplo, além de liberar diversas toxinas.

As sugestões da nutricionista indicam que utensílios de cozinha, bem como frutas e embalagens plásticas sejam higienizados com hipoclorito de sódio ou álcool de 70%. É importante evitar ao máximo o consumo de alimentos e bebidas produzidos na rua, pois não há conhecimento sobre o modo de preparação e condições dos alimentos; o ideal é prepara-los em ambiente familiar, onde a higienização é feita de maneira correta.

Em casos de perda de apetite, principalmente após as sessões de quimioterapia, é preciso levar em conta a preferência de gostos e hábitos alimentares do paciente para melhor aceitação, de acordo com a qualidade nutricional dos alimentos. Outro ponto fundamental é o trabalho de conscientização dos pacientes e familiares sobre o impacto da boa alimentação no tratamento, pois quando a terapia é aderida por todos ao redor da criança, os efeitos são mais benéficos.

Fonte: Priscila Maia Lemos é nutricionista e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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