Como conseguir que mais e mais pessoas indiquem a sua escola?

Ao longo de todos esses anos no contato com diretoras e diretores de escolas, acompanho as dificuldades que os gestores vivenciam na rotina escolar, diante das crises econômicas, nos períodos de rematrícula, a angústia no final do ano com a formatura dos alunos e a insegurança de iniciar um novo ano sem saber se conseguirá repor ou aumentar a quantidade de alunos.

Em quase 10 anos de trabalho com as escolas, também acompanho a dificuldade que muitos gestores têm em oferecer capacitação de qualidade para o público interno, para seus professores, auxiliares… O custo é alto e muitas vezes não há reconhecimento por parte do professor.

Também acompanhei algumas escolas fechando suas portas, desistindo da missão de promover a tão sonhada transformação social por meio da educação. Como qualquer outra empresa, gestores escolares vivem os mesmos problemas que outras empresas e negócios.

Aí eu pergunto: por que algumas escolas fecham e outras crescem e só expandem suas atividades ao longo dos anos? A resposta é uma só: GESTÃO.

Foi pensando nisso e com todo o conhecimento que tenho em Responsabilidade Social, que idealizei e venho evoluindo com o modelo das Escolas do Bem. Trata-se de uma mudança cultural dentro da sua escola, muito SIMPLES de ser implementada e de BAIXÍSSIMO CUSTO, desde que seja abraçada pela diretoria.

E por que trabalhar com Responsabilidade Social vai melhorar a sua gestão e trazer resultados financeiros importantes?

Porque você humaniza a sua empresa, passa a cuidar do seu público interno e externo. Passa a se engajar em causas que vão além dos muros da escola, a se preocupar com a sustentabilidade do seu bairro, da sua cidade, do meio ambiente e do bem-estar social.

Quando se fala em negócio, seja ele em diferentes setores, cada vez mais empresários estão cientes de que a gente colhe o que planta.

Aquela ideologia que herdamos da Revolução Industrial, de que manda quem pode e obedece quem tem juízo, já era! Agora vivemos uma economia de co-participação,  de colaboração.

Isso quer dizer que já não adianta administrar a sua empresa seguindo o modelo de 50, 40, 20 anos atrás. Se deu certo para alguns, esse modelo já não funciona mais.

É preciso administrar a empresa focando o bem-estar de todos os públicos com os quais você se relaciona. Quer alguns exemplos?

– Um pai ou uma mãe que se sintam extremamente acolhidos e beneficiados pela sua escola, irão te indicar para outras famílias;

– Seu professor, estando satisfeito e motivado com o trabalho, sentindo-se parte importante deste grupo, também indicará a sua escola para outras famílias;

– A empresa que fornece algo para a sua escola (exemplo: os produtos de limpeza), e que o seu representante é bem-recebido, acolhido, você mantém um relacionamento honesto, cumprindo com seus pagamentos em dia. Esse representante também indicará a sua escola para outras famílias.

–  Os vizinhos da sua escola, que sempre são convidados para participar das festas juninas ou de ações realizadas por você, também se sentirão parte dessa engrenagem e indicarão a sua escola para outras famílias.

Eu ficaria aqui listando muitos outros exemplos, porque essa cadeia é imensa!

Mas deixo aqui essa lenha acesa para que você reflita quanto à forma de gestão que vem adotando em sua escola. Porque para se tornar essa escola que todo mundo indicaria para outras famílias, você precisa encantar, humanizar e, acima de tudo, adotar uma postura ética e transparente com todos os públicos com os quais se relaciona.

Por Lucy De Miguel, presidente do Instituto Noa, jornalista, coach e palestrante, idealizadora do Programa Escolas do Bem.
lu@institutonoa.org.br

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