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Foi o que revelou uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). O chamado estresse precoce engloba tanto traumas e maus-tratos físicos como abusos sexuais e emocionais sofridos por crianças e adolescentes.
O estudo detectou registros permanentes no cérebro de quem passou por esse tipo de estresse. Nos participantes adultos com psicopatologias depressivas, foram detectadas alterações no sistema neuroendócrino, como resultado do estresse precoce que, segundo os pesquisadores, exerce influência sobre as pessoas consideradas suscetíveis a apresentar depressão na vida adulta.
Contudo, existem pessoas que, mesmo passando por eventos traumáticos na infância e na adolescência, não desenvolvem quadros depressivos por não apresentarem predisposição genética à depressão.
Para o coordenador da pesquisa Mario Juruena, professor da USP, é importante discutir os maus-tratos contra crianças considerando não só os abusos físicos, mas também emocionais, que envolvem destratar, humilhar e agredir uma criança verbalmente.
Texto de Marisa Sei
Fonte
Mario Juruena, professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)