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Gravidez x Tireoide: Quais os riscos?

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A tireóide produz hormônios fundamentais para o organismo, relacionados ao crescimento, ao metabolismo, à função de vários órgãos e à fertilidade. Ela pode apresentar distúrbios na sua função e/ou na sua forma e tamanho.

As disfunções da tireoide ocorrem quando existe uma produção hormonal em excesso, no hipertireoidismo; ou deficiente, no hipotireoidismo. Ambas as situações são prejudiciais ao organismo.

De acordo com dados do IBGE, 15% dos brasileiros sofrem com disfunção na tireoide. Dentro desta porcentagem, um grupo que requer bastante atenção é o das gestantes.
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Uma vez que a gestação é um teste de stress para tireoide que precisa produzir 50% mais hormônios. E as consequências de falha nesta produção hormonal são potencialmente graves tanto para mãe como para o bebê.

“Infertilidade, descolamento placentário, parto prematuro, baixo peso ao nascer, aborto, perda gestacional, doença hipertensiva especifica da gestação, hemorragias pós-parto e redução do QI fetal são as potências consequências das disfunções da tireoide não tratadas na gestante”, explica a endocrinologista dra. Maíra Pontual Brandão.

O diagnóstico da doença é feito por meio de exame físico, de sangue e ultrassom. Os sinais de alerta são cansaço excessivo, sonolência, frio excessivo, constipação e facilidade de ganho de peso no caso do hipotireoidismo.

Já insônia, agitação, sudorese, emagrecimento, palpitação são indícios de hipertireoidismo. Porém muitos pacientes, principalmente aqueles com alterações mais leves podem não ter sintomas.

“É importante a avaliação desta glândula antes mesmo de tentar engravidar, uma vez que a disfunção desta pode dificultar a gravidez e provocar abortamento já no início da gestação”, ressalta a especialista.

“Na primeira consulta pré-natal também deve se ter o cuidado com a tireoide tanto para as gestantes com doença já identificada, como para aquelas sem diagnóstico”, alerta Maíra.

O acompanhamento das gestantes com hiper ou hipotireoidismo deve ser rigoroso, com exames mensais para avaliar a função da tireoide.  “O mais importante é a mãe estar atenta ao pré-natal, onde doenças como essa podem ser identificadas com antecedência e facilmente tratadas”, afirma a dra. Maira.

Fonte: Dra. Maíra Pontual Brandão da Unidade Integrada de Doenças Endocrinológicas do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Este conteúdo é compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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