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Morte súbita: o que é e como diminuir o risco da sua ocorrência?

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Foto: Freepik.

A morte súbita em bebês é um evento trágico, com impacto substancial e definitivo em famílias e na comunidade de uma maneira geral. Trata-se da ocorrência de uma morte inesperada, subitamente, durante o sono de um bebê, que não consegue ser explicada a sua causa.

Bebês entre o primeiro e o quarto mês de vida são os que apresentam maior risco da ocorrência da morte súbita. Dados internacionais estimam que ocorra aproximadamente 1 morte para cada 2.500 bebês nascidos vivos. A maioria das mortes acontece à noite, durante o sono, mas também pode ocorrer ao longo do dia em creches, escolinhas maternais e nas próprias casas.

Os fatores de risco mais importantes na ocorrência de Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL) estão relacionados à posição do bebê ao dormir e suas condições. Os pequenos que são colocados para dormir com a barriguinha para baixo ou de lado apresentam um risco maior de morte súbita quando comparados aos que dormem de barriguinha para cima.

 

O que os pais podem fazer para diminuir o risco da ocorrência da morte súbita?

– Muita atenção em relação à posição que o bebê vai ser colocado no berço. Ao contrário de antigas recomendações, hoje sabemos que a posição mais segura para o bebê é a posição de barriguinha para cima, conhecida como posição supina. Nunca coloquem seu bebê no berço, para dormir, “de bruços” ou de lado! A partir do momento que o lactente aprende a rolar sobre o corpo, geralmente depois dos 4 meses, ele poderá dormir em qualquer uma das posições;

– O colchão do berço deve ser firme, próprio para o tamanho do berço;

– Mantas com pelo, travesseiros, brinquedos, almofadas com enchimento para proteção e outros objetos macios trazem maior risco de sufocamento e devem, portanto, ser evitados em berços;

– Dormir no quarto dos pais, dos 6 a 12 meses de idade, é permitido, sendo inclusive um fator de proteção. Entretanto, em hipótese alguma eles devem dormir na mesma cama dos pais. Durante o sono podemos rolar sobre o bebê e sufocá-lo;

– O aleitamento materno é uma medida protetora, especialmente o aleitamento exclusivo, devendo, portanto, sempre que possível ser estimulado;

– Evite exagerar no aquecimento dos bebês;

– Cadeirinhas de transporte em carros não devem ser utilizadas para substituir os berços em casa, principalmente para os bebês pequenos;

– O uso de chupetas se mostrou um fator de proteção para a ocorrência de morte súbita em alguns estudos;

– Finalmente, aconselhamos as mamães a não fumar durante a gravidez e evitar a exposição do bebê à fumaça do cigarro. Por razões óbvias devem também evitar o consumo de álcool e de drogas ilícitas durante a gestação e após o nascimento das crianças.

 

A adoção de todas estas medidas é simples, trazendo segurança para os papais e mamães de bebês, contribuindo para uma vida mais saudável e com menos riscos.

 
Fonte: Dr. Marco Aurélio Safadi, professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital.
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