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Pais estão insatisfeitos com as opções de alimentos industrializados infantis, aponta pesquisa

A correria dos dias de hoje tem afetado a alimentação das crianças e esse fato, cada vez mais, é motivo de preocupação e insatisfação dos pais, principalmente em relação à qualidade e maior disponibilidade dos alimentos industrializados – amigos e vilões, ao mesmo tempo.

Um estudo desenvolvido pela REDS – Research Designed for Strategy abrangeu 1.044 entrevistas on-line, com homens e mulheres, entre 25 e 55 anos, com filhos de seis meses a 12 anos. De acordo com a pesquisa, três em cada quatro pais e mães não estão satisfeitos com as opções de alimentos industrializados infantis presentes no mercado.

No entanto, somente 6% das crianças  até  11  meses  nunca  consumiram  produtos  industrializados e, a partir de 12 meses, o consumo desses itens atinge 100% dos entrevistados.

Conforme os dados, os três anos de idade representam mudança drástica da rotina. É quando, segundo a maioria dos entrevistados, as famílias relaxam mais em relação à alimentação dos filhos.

Pressionados por pediatras, redes sociais e nutricionistas para que não deem alimentos industrializados aos filhos, pais e  mães se veem em uma situação difícil.

“Eles carregam uma grande culpa se não fizerem a papinha perfeita com as próprias mãos, o lanchinho saudável, o suco natural, entre outras coisas. Mas o tempo desses pais está cada vez mais escasso, fazendo com que o perfeito, o saudável e, principalmente, o home made estejam se distanciando do dia a dia das famílias”, explica Karina Milaré, diretora da REDS.

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Somente 6% das crianças até 11 meses nunca consumiram produtos prontos, aponta pesquisa.

Embora os homens estejam entrando no universo da alimentação infantil, em casa esse cuidado ainda é responsabilidade das mães, principalmente em classes sociais mais baixas. Já nas classes mais altas, a divisão da tarefa é melhor equilibrada.

Pais ou mães que não trabalham fora assumem essa tarefa para si com mais frequência.  Nesse  ponto,  59%  deles  informaram  que  procuraram  ter  orientação  profissional  (médico  ou  nutricionista) para auxiliar na introdução alimentar dos filhos e depositam alta confiança (8,79 em uma escala de 1 a 10) no profissional designado para esse papel.

Em contrapartida, menos de um terço dos pais considera as orientações médicas totalmente aplicáveis no dia a dia e, por isso, 86% deles acabam fazendo adaptações.

As creches e escolas tendem a ser fundamentais no processo, mas os pais querem aumentar sua influência e cuidar pessoalmente dos lanches dos filhos e da escolha de cardápios.

No entanto, o lanche da escola é a refeição que, segundo os entrevistados, é mais difícil de fugir dos produtos industrializados. Por outro lado, o jantar acaba sendo a refeição em que eles têm maior controle na refeição do filho e, por isso, procuram ser mais naturais.

“Percebemos  na  pesquisa  uma  postura  dos  pais  de  querer  mudar  suas  atitudes  com  relação  à  alimentação  dos  filhos.  Tudo  indica  que,  mais  do  que  precisarem  de  uma  cartilha sobre alimentação dos filhos, os pais necessitam de conhecimento para fazerem as melhores escolhas dentro de seus contextos familiares. Ou seja, há um sentimento/desejo de querer e precisar mudar”, conclui a diretora da REDS.

Fonte: Karina Milaré, diretora da REDS.

Este conteúdo é compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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