O piolho pode aparecer de uma hora para outra nos cabelos de qualquer pessoa, principalmente das crianças. E nessa hora é preciso agir rápido e de maneira adequada para impedir a infestação do parasita e eliminá-lo de uma vez por todas!
“Qualquer um pode pegar piolho. Vai depender da exposição a pessoas infectadas e principalmente se tiver cabelo comprido. As crianças são mais suscetíveis, pois geralmente ficam em ambientes confinados e são menos ‘cuidadosas’ com o contato com as outras crianças sabidamente contaminadas”, explica a médica pediatra Joelma Gonçalves Martin.
Sintomas
A coceira é o principal indicador da contaminação pelo piolho e aparece rapidamente, assim que o parasita pica para se alimentar, já que uma substância em sua saliva provoca essa reação. Se perceber esse tipo de comportamento na criança, desconfie e olhe cuidadosamente sua cabeça.
O quanto antes fizer essa verificação, melhor, pois o piolho se reproduz com grande rapidez. Cada fêmea é uma pequena máquina de procriação. Pode colocar de 4 a 10 ovos por dia e, como o ciclo tem duração de quatro semanas, é possível que em um mês o couro cabeludo esteja todo infestado.
Para se ter certeza de que há piolhos na cabeça, basta olhar o pescoço. Logo nas primeiras horas de infestação, a pele próxima à nuca fica irritada. Se o local estiver avermelhado ou com bolhas d´água, o diagnóstico é positivo. Com isso, será preciso catar um por um, sem esquecer de usar o pente-fino, para assegurar a retirada de todas as lêndeas, ninfas e adultos. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos específicos para pediculose, mas isso deve ser feito com orientação médica.
Como prevenir?
Ficar bem longe desse parasita é a melhor solução. O pediatra Marcelo Adriano Suzuki faz o alerta: “É importante entender que o piolho é um ácaro. Ele não voa nem pula. A transmissão pode ocorrer, por exemplo, quando uma criança usa o boné ou a tiara da outra. Ou quando brincam e um encosta a cabeça no outro. Ou ainda quando o travesseirinho da creche é compartilhado. Essas são algumas das situações de risco. Uma forma de prevenir é não compartilhar esses objetos pessoais. Os cabelos longos, quando presos, pode reduzir a chance da infestação. Mas o melhor mesmo é sempre ferver esses acessórios durante a higienização e garantir a higiene pessoal e coletiva.”
Fontes: Joelma Gonçalves Martin, responsável pelo pronto-socorro de pediatria da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu; Marcos Adriano Suzuki, pediatra do Hospital Estadual de Bauru (HEB) e do Centrinho-USP; Sites Portal do Piolho (www.piolho.org.br) e MD Saúde (www.mdsaude.com).
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.