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Recém-nascido: 10 cuidados necessários no primeiro ano de vida do bebê

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O primeiro ano de vida do bebê é um período de cuidados especiais, no qual os pais, principalmente os de primeira viagem, têm muitas dúvidas e ansiedades. Para ajudar com o conhecimento e dar mais tranquilidade aos pais de recém-nascido, veja algumas recomendações listadas pelo pediatra Dr Sylvio Renan Monteiro de Barros:

1 – Primeiro mês: dormir ou não com os pais? O pediatra esclarece que nas primeiras 4 semanas em casa o bebê ainda está muito dependente da mãe e esta, por sua vez, ainda se sente bem insegura sobre as reações e necessidades da criança, a cada gesto, suspiro. Por este motivo, e também por uma questão de praticidade e conforto, ele sugere deixar o bebê no carrinho ao lado da cama, ou mesmo num berço apropriado para o local, até que todos ganhem mais independência e autonomia com a nova rotina. Mas salienta que esta independência é importante que amadureça com o tempo, tanto para o bebê quanto para os pais.

2 – A amamentação no peito é obrigatória? Dr. Sylvio reforça que o leite materno é o alimento mais completo e prático de ser oferecido para o bebê no primeiro ano de vida, abrigando todos os nutrientes necessários para o seu pleno desenvolvimento. Por este motivo, deve ser então priorizado pelas mães, excetuando-se os casos comprovados de impedimento para tal, o que deve ser investigado e debatido com o médico pediatra, uma vez confirmado, encarado sem culpa.

3 – Quando posso introduzir alimentos ao bebê? Para bebês que mamam no peito, a introdução de outros alimentos deve se iniciar a partir dos 6 meses de idade. A dieta deve ser orientada pelo pediatra, considerando quantidade de tempero, sal e açúcar apropriados para a criança. Para bebês que não mamam no peito, a alimentação com papinhas naturais (salgadas e doces) podem começar a ser introduzidas a partir do quarto mês.

4 – Como deve ser a higiene do bebê? Um banho diário é importante para retirar resíduos de suor, xixi, fezes e vômitos. Em dias de calor, ou mesmo quando o bebê está muito agitado, outros banhos podem ser dados, não tanto para limpeza, apenas como relaxante. A troca de fraldas das fezes deve ser sempre imediata, evitando assaduras e riscos de infecções urinárias (no caso de meninas). As fraldas de xixi devem ser observadas para a troca antes de a umidade de urina permanecer em contato com a criança.

5 – Vacinar ou não vacinar? Devido ao desenvolvimento das vacinas, muitas das doenças antes fatais ou responsáveis por sequelas importantes no desenvolvimento das crianças, sofreram grande diminuição de incidência, tendo algumas sido inclusive extintas. Desta forma, a vacinação é a forma mais segura para a prevenção e combate de doenças, onde os benefícios são muito mais importantes que os possíveis e raros riscos de efeitos adversos. “Manter a carteira de vacinação em dia, especialmente no primeiro ano de vida, é essencial para a saúde da criança”, reforça o pediatra.

6 – Quando posso levar o bebê para passear? Devido à fase de adaptação do organismo e sentidos do bebê ao mundo exterior, bem como a sua baixa imunidade/resistência aos micro-organismos como vírus e bactérias, o ideal é que o bebê não saia de casa antes do primeiro mês de vida, bem como tenha maior restrição de visitas nesse período. A ideia não é colocar a criança em uma redoma de vidro e em isolamento social, mas ir adaptando seu contato com este mundo novo gradativamente.

7 – Posso passar protetor solar e repelente no bebê? Bebês com menos de seis meses não devem usar protetores solares nem repelentes, porque o seu organismo ainda não está amadurecido para lidar com os componentes químicos da fórmula. A solução para a exposição solar é obedecer ao tempo de exposição de no máximo 10 minutos, antes das 10h e depois das 16h, em crianças a partir de 2 meses de vida. No caso de prevenção contra mosquitos, usar mangas e calcinhas compridas, bem como mosqueteiros. Após os seis meses, é preciso orientação na escolha dos produtos, que devem ser orientados pelo pediatra.

8 – Como lidar com os novos dentinhos? Entre os 5 e 18 meses os primeiros dentinhos começam a despontar e então um bebê antes risonho e brincalhão pode dar lugar a um pequeno irritadiço e chorão, isso porque para muitos bebês a ruptura da gengiva é um processo irritante, e às vezes mesmo dolorido. Pais e mães podem ajudar nessa fase “escovando” suavemente a gengiva com os dedos envoltos em gaze ou ainda usando pomadinhas anestésicas previamente prescritas pelo pediatra.

9 – Como vestir o bebê sem super aquecer ou deixá-lo com frio? A temperatura da criança não difere da do adulto, porém a sua resistência à mudança climática é mais frágil em relação ao adulto. Isso significa que de que forma geral o sentido de frio e calor dos pais pode ser aplicado para vestir seus filhos, tendo no entrando sempre trocas de roupas que permitam a adaptação em caso de mudança brusca de temperatura, para mais ou menos. No mais, suor é sinal de roupa em excesso, bem como arrepio, mãos geladas e necessidade de aconchego são indicadores de que a criança possa estar com frio.

10 – Em que situações posso medicar o bebê por contra própria? Nenhuma medicação é recomendada ao bebê sem a devida prescrição do médico, mesmo em casos recorrentes ou aparentemente comuns. Diversos sintomas de diferentes doenças podem confundir diagnósticos, e a medicação, além de mascarar o diagnóstico, pode gerar riscos à criança. Ao primeiro sinal de anormalidade, como febre e dor fora do quadro da cólica, é importante consultar o pediatra.

Complementando as dicas, dr. Sylvio destaca a importância de os pais manterem a tranquilidade nesta fase que apresenta mesmo um sentido de desafio, mas que será mais bem conduzida e aproveitada à medida que tiverem mais serenidade no processo. “Em tantos anos de atendimento em hospitais e consultórios posso afirmar que dentro da rotina esperada do desenvolvimento do bebê são pais calmos que geram bebês calmos”.

 

Fonte: Dr Sylvio Renan Monteiro de Barros, pediatra.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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