As crianças também podem ser vítimas da urticária, que atinge entre 15% e 20% da população infantil. Infecções causadas por vírus, medicamentos (em especial, antibióticos e os anti-inflamatórios) e os alimentos estão entre os principais desencadeadores da doença.
Os sintomas são manchas avermelhadas, algumas com relevo, e que podem se juntar formando placas, que têm duração fugaz e localização variável. Em alguns casos, pode se associar com inchaços em locais do corpo como: pálpebras, face, lábios, genitália, entre outros.
O diagnóstico é clínico e não há um teste definitivo para identificar a urticária. Embora possam desenvolver a urticária crônica (com duração acima de seis semanas), é a forma aguda, que dura menos de seis semanas, a que mais atinge crianças pequenas e adolescentes.
“Nos casos de urticária crônica predominam as induzidas, ou seja, desencadeadas por estímulos físicos, comprometendo a qualidade de vida, a relação com o meio social, acarretando falta às aulas e prejuízo no aprendizado”, explica a Coordenadora da Comissão Especial de Assuntos Comunitários da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dra. Maria de Fátima Epaminondas Emerson.
O tratamento da urticária envolve a identificação e o controle da causa, cuidados cutâneos e o uso de medicamentos, sendo os anti-histamínicos orais (antialérgicos) os de primeira linha para tratar a doença, urticária, uma vez que a histamina atua na redução da coceira e das lesões cutâneas.
Veja algumas dicas da Dr. Fátima para auxiliar os pais:
· Sigam as recomendações do alergista. Em alguns casos, os pais ficam temerosos em fazer a dose aumentada do anti-histamínico e não cumprem o prescrito;
· A medicação deve ser feita mesmo sem sintomas;
· Banhos não devem ser quentes nem demorados. A pele está sensível, usem sabonetes suaves. Evitem os sabonetes bactericidas, pois ressecam a pele;
· A pele deve ser hidratada logo após o banho, ainda úmida;
· Crianças devem seguir uma alimentação saudável e natural. Dietas serão indicadas apenas em casos específicos e comprovados;
· Corantes e conservantes não são causas mais comuns de urticária. Cada criança deve receber uma orientação específica para seu caso;