Hábitos alimentares saudáveis são importantes para o crescimento da criança. E para que isso aconteça de maneira natural os pais precisam ter paciência e disposição para ensinar aos seus filhos a importância de comer bem.
O costume de comer bem deve ser formado na infância e a família precisa adotar esse hábito alimentar como uma atividade diária na vida da criança, afinal, o comportamento alimentar do pequeno está diretamente ligado às interações familiares.
No contexto atual, os adultos várias vezes pretendem apenas alimentar a criança, esquecendo o mais importante: nutri-las.
Nos primeiros dois anos de vida do bebê os pais devem evitar ao máximo a oferta do açúcar, uma vez que o paladar está sendo formado e a criança já começa a ter preferências. É nessa fase que se deve variar ao máximo a oferta de frutas, legumes e leguminosas, expondo a criança aos diferentes sabores e texturas.
No momento da escolha do alimento a ser oferecido, o adulto precisa diferenciar o seu paladar com o da criança que está em formação, o que ocorre geralmente é que um alimento que não é aceito pelo adulto também não é oferecido à criança.
Entre dois e seis anos de idade, encontramos na criança uma necessidade de conhecer o ambiente, diminuindo seu interesse pelo momento da refeição, aliado a isso é frequente nessa fase a neofobia alimentar (medo de experimentar novos sabores).
As crianças também acabam diminuindo sua preferência por alimentos aos quais foram pressionadas ou coagidas a comerem, por isso é importante não tornar o momento da refeição uma guerra.
Portanto, é essencial respeitar a autonomia da criança no processo da alimentação, principalmente respeitando a sua saciedade. Forçar a criança a comer ou castigá-la se não comer, são atitudes a serem evitadas. Não se deve também trocar as refeições por mamadeiras ou alimentos não saudáveis. Às vezes com medo da criança “passar fome”, os pais acabam cedendo a chantagens dos filhos e impõe hábitos não saudáveis.
Saiba como incentivar seu pequeno a se alimentar melhor:
– Envolva a criança no processo culinário, desde a compra dos alimentos, até sua preparação, isso também a torna responsável pela refeição, o que facilita sua ingestão.
– Estudos comprovam que um mesmo alimento deve ser oferecido de 8 a 10 vezes e de formas diferentes, para que se possa afirmar que ele não foi aceito, por isso paciência e persistência são muito importantes nessa hora.
– Invista na apresentação, afinal todos nós “comemos com os olhos”. Atualmente existem utensílios que permitem cortar frutas e legumes em vários formatos (como estrela e coração), isso deixa o prato bem mais atrativo.
– Ofereça frutas e legumes em preparações como bolos, sucos, tortas e suflês, isso também aumenta a oferta desses alimentos e facilita a sua aceitação.
– Não se esqueça, os pais são o exemplo. Não dá para insistir com a criança tomar um copo de suco se vocês tomam refrigerante. A criança copia e observa tudo que o adulto está fazendo.
Fonte: Nutrifam.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.