Dor nas costas, formigamento, barriga acentuada e até mesmo dor de cabeça são alguns dos sintomas causados pela má postura, que a cada dia mais afeta além dos adultos, também as crianças. E as principais vilãs no processo de desenvolvimento da má postura em crianças de 8 a 11 anos são as cadeiras e mochilas escolares.
Segundo o especialista em ortopedia, traumatologia, cirurgia da coluna vertebral, Dr. Luiz Cláudio Lacerda Rodrigues, é necessário que os adultos que convivem com a criança prestem atenção na sua postura desde o momento em que ela começa a andar. “Devido à sua flexibilidade, a criança tem tendência a ficar em posições erradas e mesmo assim se sentir confortável. Por isso, devemos ficar atentos a posição corporal de nossas crianças, seja para observamos posições erradas e já corrigi-las ou para identificar o início de uma deformidade que se apresente de maneira sutil”, completa o médico.
O ortopedista ainda explica que algumas atividades físicas e esportes podem comprometer a saúde postural das crianças, como exercícios com muito peso, que podem gerar dor por excesso de força ou causar pequenos traumas repetidos. Por isso, a importância em observar e acompanhar a vida da criança, já que a longo prazo a má postura pode evoluir para algumas doenças, como: cifoses posturais, hiperlordose e retificação da coluna cervical.
“Sempre que os pais tiverem alguma dúvida sobre a postura das crianças é necessário consultar um especialista. Muitas deformidades da coluna nem sempre estão ligadas a má postura, porém, tem seu início de maneira sutil. Assim, sempre que reparar algo de errado na maneira de sentar ou levantar dos pequenos, consulte um especialista, pois muitas vezes o diagnóstico de uma possível deformidade pode ser retardado e evitar alterações mais severas no futuro”, finaliza Luiz Claudio.
Fonte: Dr. Luiz Cláudio Lacerda Rodrigues, especialista em ortopedia, traumatologia, cirurgia da coluna vertebral e professor da faculdade de medicina do Hospital Santa Marcelina.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.