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Excesso de treinamento pode lesionar crianças

O gosto pelo esporte começa cedo. Hoje existem inúmeros estudos que comprovam o benefício que o esporte pode trazer para o indivíduo, não só para os que já passaram dos 60 anos, mas possui também efeito significativo para os pequenos que estão começando a desbravar o mundo.

Entretanto, a atividade física, quando é praticada com intensidade ou em quantidade inadequadas, pode gerar uma série de problemas para os adultos, como para a criança.

A ocorrência das lesões esportivas em crianças está relacionada ao gesto esportivo da atividade praticada. Dentre as mais comuns, encabeça a lista as torções de tornozelo, também preocupam as lesões traumáticas, que podem ser: contusões, fraturas, luxações, lesões musculares, entorses e também lesões fisárias – que acometem a cartilagem de crescimento, futuramente se transformando em osso.

O excesso de treinamento está diretamente ligado às causas de lesões nas crianças, chamadas de overuse (tendinites, apófises, osteocondrites). É importante ressaltar que ter uma determinada lesão não depende de um histórico, uma vez que não é possível garantir que não surgirão novas lesões.

Para o especialista em Medicina do Esporte, Dr. Carlos Eduardo Pereira Melo, os riscos de lesões podem ser reduzidos se tomadas algumas medidas. “Nunca deixar de lado o alongamento e o aquecimento antes das atividades e usar os equipamentos adequados para cada modalidade”.

O médico destaca ainda a importância de realizar treinamentos somente com profissionais especializados. “Eles vão te ajudar na escolha do material esportivo adequado, o que auxiliará o atleta no equilíbrio corporal, diminuindo ainda mais as chances de lesão”, orienta.

Não existe uma atividade em específico contraindicada para crianças. Os pais devem estimular desde cedo à prática do esporte. A partir disso, ela poderá optar pela atividade que lhe é mais prazerosa, em que tenha melhor desempenho ou facilidade. Todas essas ações conjuntas fazem com que tenham crescimento e desenvolvimento saudável, melhor postura, equilíbrio, coordenação motora e interação social.

 
Fonte: Carlos Eduardo Pereira Melo, especialista em medicina do esporte.