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25 de abril de 2017
Imagem: Freepik.
O ‘jogo da Baleia Azul’ tem gerado preocupação no Brasil e no mundo. Disputado pelas redes sociais, o passatempo propõe ao jogador 50 desafios macabros que vão desde a automutilação até o suicídio.
Por meio de um mentor, que dita as regras e propõe os desafios, o jogo funciona como uma espécie de “siga o mestre”. Ele envia aos participantes mensagens com instruções do que fazer e solicita fotos como prova do cumprimento das tarefas.
Os jogadores geralmente são crianças e adolescentes, que, além de estarem mais suscetíveis a influências de terceiros, passam mais tempo em redes sociais. Isso serve de alerta a todas as pessoas que convivem com crianças e adolescentes.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou um manual de orientação que alerta os pais e responsáveis sobre a importância do diálogo com as crianças e adolescentes para evitar a exposição desse grupo vulnerável às comunidades ou “jogos” em ambiente virtual (sites, redes sociais, grupos WhatsApp) que estimulam a prática do suicídio, da automutilação e da participação em atividades de alto risco, entre outros problemas.
Imagem: Freepik.
Veja as orientações da SBP alertando educadores sobre os cuidados com a saúde de crianças e adolescentes na era digital:
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Informar de modo adequado e detalhado os educadores e professores sobre o uso ético, saudável e com segurança das tecnologias e aplicativos durante o tempo de convívio com as crianças e adolescentes nas escolas e cursos;
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Realizar atividades com os alunos e palestras de prevenção e proteção de todos, estabelecendo regras e limites no contato diário entre professores-alunos, alunos-alunos e evitando mensagens e encontros com desconhecidos com o uso das tecnologias;
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Produzir com os próprios alunos materiais educativos e pró-ativos sobre o uso adequado das tecnologias digitais em atividades culturais como teatro e artes ou ações de protagonismo juvenil e que seja compartilhado com as redes dos pais ou com crianças de escolas vizinhas ou feiras nas comunidades;
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Temas difíceis e complexos como sexualidade e exploração sexual online, comportamentos de violência, cyberbullying, uso de drogas, “brincadeiras e desafios perigosos”, devem fazer parte do currículo escolar e da programação da escola em atividades ou palestras de promoção de saúde e prevenção de riscos. Se necessários, convidar pediatras especialistas em adolescência, ou consultar a SBP para o profissional mais recomendado em sua cidade;
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Informar e procurar sempre se atualizar sobre as novas tecnologias disponíveis e como aproveitar os materiais disponíveis online para estimular a criatividade e o trabalho em equipe e em redes entre todos. Faça da tecnologia uma ferramenta de ensino-aprendizagem que fortaleça o vínculo de respeito e de diálogo com seu aluno sobre sobre cidadania digital;
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Ficar atento com os sinais de riscos pessoais, sociais ou digitais que seu aluno possa apresentar. Convoque os pais para uma conversa e troca de informações: sempre é melhor prevenir do que remediar;
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Atualizar materiais, programas e aplicativos educativos, e sempre conversar com os alunos sobre os conteúdos que estão acessando ou servindo para pesquisas ou produção de conhecimentos, e assim aproveitar dos benefícios das tecnologias e ao mesmo tempo assegurando a máxima proteção possível para todos, na escola, que é um espelho ou micro-cosmos da sociedade “real”;
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Estabelecer redes intersetoriais com os pais e com as referências profissionais de especialistas para a proteção de sua escola e deixar sempre em local visível como denunciar casos de violência, sexting ou cyberbullying ou qualquer outro problema, no disque-denúncia tel. 100 ou acessando a rede SAFERNET www.new.safernet.org.br;
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Redigir diretrizes de comportamento e relacionamento social com ética e segurança para todos os professores e funcionários das escolas que participam de redes sociais, como Facebook, Snapchat, Instagram e outras, sobretudo na interação com alunos, crianças/adolescentes e familiares ou em fotos que possam expor ou constranger em público. Funcionam como códigos de conduta entre todos que convivem com a rotina escolar e o “mundo externo real”.