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Foto: Freepik.
A neurociência tem mudado o paradigma educacional nas últimas décadas. Estudar o sistema nervoso humano e suas funcionalidades tornou-se fundamental para que especialistas encontrem novas formas de expandir a capacidade cognitiva das crianças, fazendo com que aumentem a possibilidade de se tornarem cada vez mais inteligentes desde pequenos.
As novas revelações da neurociência evidenciam a necessidade de desenvolver a emoção e a razão conjuntamente, uma vez que o ser humano não é considerado um ser dicotômico, ou seja, razão e emoção caminham juntas. Estudos indicam que o cérebro humano funciona como uma rede interligada, e na medida em que se estimulam as regiões mais sensíveis às experiências emotivas, maior será a capacidade de criação de redes neurais, que terão o papel de realizar conexões com todas as partes da mente, expandindo a capacidade cognitiva de aprendizagem.
Pelo fato de ser uma área de estudos recente, a aplicação dos conhecimentos da neurociência para transformar as ações pedagógicas ainda está engatinhando.
A proposta pedagógica para trabalhar, nas escolas, as habilidades socioemocionais por meio dos jogos de raciocínio estimula processos emocionais e ampliam experiências concretas e abstratas em crianças, aumentando suas redes neurais e sua capacidade de cognição.
Para a diretora pedagógica, Sandra Garcia, as experiências carregadas de emoção são a chave para um aprendizado mais duradouro: “Quanto mais redes neurais, maior a aprendizagem e a probabilidade de elas sobreviverem à passagem do tempo. As transcendências, reflexões sobre como utilizar as aprendizagens em situações do cotidiano, provocadas intencionalmente pelo professor, ampliam essas experiências concretas para o plano da abstração, criando links de significados”.
A aprendizagem deve ser revestida de emoções. O aluno deve ser um protagonista ativo, que analisa, pensa e atua diante das situações impostas pela aula (e pela vida). E a melhor forma de aguçar sua cognição é através da ação do professor, que tem a função de ser um mediador do processo de aprendizagem. “Atuando como mediadores da relação do aluno com o conhecimento, o professor-mediador tem como missão elaborar atividades variadas e multissensoriais, revestindo o conhecimento do aluno de significado. O mediador é o principal maestro da cena pedagógica. É ele quem acrescenta emoção às atividades, para que experiências de aprendizagem sejam significativas e, dessa forma, possam desenvolver os alunos em todos os sentidos”, finaliza Sandra Garcia.