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Saiba como tornar a amamentação mais prazerosa para mãe e filho

Amamentação

A Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada entre os dias 1 e 8 de agosto, relembra a importância do leite materno para a saúde do bebê e, ainda, como as mamães podem se preparar para tornar a fase de amamentação ainda mais saudável e especial.

De acordo com a médica obstetra, Mônica Thaysa Rocha Cavalcante, a amamentação é fundamental para o desenvolvimento da criança e também para as mães, que podem ficar imunes a alguns problemas de saúde durante esse período.

“A amamentação traz diversos benefícios para os recém-nascidos e para as mamães, principalmente a primeira depois do nascimento da criança, que é o colostro. O aleitamento adequado pode reduzir em 22% a mortalidade neonatal. Além disso, diminui os riscos de hemorragia, contrações uterinas e probabilidade de câncer de mama, ovário e endométrio da mamãe. Os cuidados com a amamentação se inicia já no pré-natal e é, por isso, que é muito importante o acompanhamento médico desde o começo da gestação”, afirma a obstetra.

Para as mamães de primeira viagem, esse pode ser um momento delicado e de insegurança. Por isso, a Dra. Mônica recomenda que a amamentação aconteça em um lugar confortável e tranquilo, detalhes que podem fazer total diferença e tornar esse momento ainda mais especial e de alta conexão entre mãe e filho.

A obstetra também alerta para o uso dos anticoncepcionais, tendo em vista que muitas mães têm dúvidas se podem ou não voltar a usar métodos contraceptivos após o parto.

Segundo a Dra. Mônica, o uso não é restrito, porém, merece atenção. “Se a mãe tem insegurança com a contracepção, orientamos a utilização de anticoncepcionais orais. Dentre os métodos hormonais, dar preferência àquele que contém somente progestogênio, por sua eficácia na contracepção, sem interferir com o aleitamento materno. Também recomendamos iniciá-los a partir da sexta semana após o parto. Já os anovulatórios orais contendo estrogênios são contraindicados devido ao risco de redução da produção do leite, especialmente durante o período de amamentação exclusiva”, explica.

Amamentação

Para ajudar ainda mais as mamães que estão em período de amamentação, a médica selecionou dicas que podem responder muitas dúvidas sobre este tema. Confira!

– Ao amamentar, é importante não estar estressada, sem pressa e sem preocupação.
– As mães devem dar de mamar em horário livre (sempre que o bebê quiser).
– Colocar a criança para mamar em posição correta e verificar os sinais de boa pega.
– O êxito da amamentação depende mais da posição em que o bebê é colocado em relação à mama do que do formato do mamilo. Para dar de mamar corretamente, o bebê tem que sugar a mama (mamilo e parte da auréola), e não só o mamilo.
– Afastar as narinas do bebê do peito da mãe, deixando-o livre para respirar.
– Caso apresente rásgades (lacerações leves das mamas ou fissuras) para seu tratamento, lavar as mamas com água fria antes das mamadas
– Deixar que o bebê esvazie todo o conteúdo de uma mama para então passar à outra.
– Oferecer o peito sempre que o bebê tenha fome, não estipulando horário de acordo com sua vontade ou tempo.

O que devo comer e o que devo evitar?

– Evitar a ingestão de alimentos responsáveis por perturbações gastrointestinais, que produzam gás, tais como couve-flor, brócolis, couve verde escura, repolho, pepino, pimentões, milho e cebola crua.
– Evitar comidas picantes, com condimentos e especiarias, como alho e canela.
– Evitar soja, ovos, trigo e nozes.
– Não ingerir produtos e bebidas estimulantes, ricos em cafeína (chá preto, café e álcool), ou sucos gaseificados, refrigerantes do tipo cola e sucos cítricos.
– Reduzir o consumo de frutos cítricos, kiwi, banana.
– Evitar a ingestão de morangos e frutos silvestres.
– Não exagerar no consumo de leite de vaca ou derivados (não exceder 1 litro/dia).
– Minimizar a quantidade de alimentos crus na dieta diária – a sua dieta deve consistir em 70% a 80% de alimentos cozidos e apenas 20 a 30% de alimentos crus, dando preferência a cozidos, grelhados, assados e frutas cozidas.
– Realizar uma dieta simples e diversificada, rica em ovos, carne, peixe, cereais e saladas de alface e/ou cenoura.
– Ingerir bastantes líquidos, tais como água, chá de cidreira, camomila e hortelã.

 

Por Hugo Shigematsu

Fonte: Mônica Thaysa Rocha Cavalcante, médica obstetra do Hapvida Saúde.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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