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Asma pode provocar queda no desempenho escolar

Asma

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 13 milhões de crianças com idade inferior aos cinco anos morrem por doenças do aparelho respiratório todos os anos ao redor do mundo. Entre as doenças respiratórias, encontra-se a asma, condição crônica e inflamatória de causa alérgica.

A asma é uma das mais comuns durante a infância, podendo causar até 30% das limitações  de  atividades  em  crianças. Porém, os pequenos podem viver com boa qualidade de vida e poucos impactos na rotina se fizerem o tratamento adequado. Por isso, a atenção dos pais e dos professores, junto ao acompanhamento médico, são fundamentais para manter a asma em crianças sob controle.

Os principais sintomas são chiado no peito, tosse e falta de ar. Muitas crianças com asma se acostumam com os sintomas, que passam a ser ignorados pelos pais. No reinício das aulas, o contato com outras crianças é um dos principais fatores para novas infecções virais respiratórias e exacerbações da  asma. Ao contrário da gripe e resfriados, a asma é de origem genética, e é uma enfermidade crônica, que acompanhará o paciente durante toda a vida e pode ser manifestada em qualquer idade.

Entre as crianças com asma, a tendência é que de 30% a 80% delas apresentem os primeiros sintomas até o terceiro ano de vida. Contudo, nessa fase, é difícil estabelecer um diagnóstico preciso da doença. Assim, os pais devem ficar atentos aos primeiros sinais de dificuldade para respirar e, ao identificá-los, devem procurar um especialista.

O Dr. Paulo Pitrez, pneumologista pediátrico, ressalta que “muitas  pessoas  não prestam  atenção  às  queixas  dos  filhos  e demoram para procurar ajuda médica. Com o tratamento contínuo e correto da doença, a criança tende a não apresentar mais crises de asma e consegue fazer todas as atividades que os colegas que não têm a doença realizam na escola. Infelizmente, os pais ainda acreditam no mito de que o asmático que está sem sintomas não precisa mais de tratamento ou que está curado, e de que os tratamentos para asma podem fazer mal para a saúde”.

A asma provoca sérios impactos sobre a vida do paciente, tais como sintomas noturnos, cansaço, limitação para exercícios e falta na escola. Crianças com asma não controlada  também  podem  apresentar  alterações  no  seu comportamento,  ficando  facilmente  irritadas,  cansadas e desatentas. Todos esses impactos prejudicam o desempenho escolar.

O especialista afirma que se a asma não for tratada, a criança pode apresentar mais crises da doença. “Esses episódios de piora súbita são estressantes para os pequenos e seus pais, e aumentam a necessidade de atendimentos emergenciais para conter a crise e podem até levar a hospitalizações. Consequentemente, a criança é afastada de sua rotina e sua qualidade de vida é reduzida”, explica.

Asma

Para saber se a asma do seu filho não é controlada, a GINA (Global Initiative for Asthma)
aponta os sinais de alerta que o paciente pode ter apresentado nas últimas quatro semanas: sintomas diurnos mais de duas vezes por semana, despertares noturnos devido à asma, uso de medicamento de resgate mais de duas vezes por semana e apresentar qualquer limitação de atividade devido à doença.

Com o diagnóstico preciso, a asma deve ser tratada com medicamentos indicados pelo especialista. Dessa forma, os sintomas podem ser controlados – o que confere uma melhor qualidade de vida e nenhum impacto na rotina do paciente.

“Além disso, o aleitamento materno é essencial para redução de infecções respiratórias nos primeiros três anos de vida, ajudando a fortalecer a imunidade dos bebês. Também é importante seguir rigorosamente o tratamento preventivo da asma e manter o hábito de realizar atividades físicas”, pontua o Dr. Pitrez.

A asma também piora quando aumenta a exposição do paciente a substâncias no qual é alérgico, como poeira e ácaro. Pensando no período de volta  às  aulas, o especialista  elencou  os  cuidados  fundamentais com as crianças asmáticas:

1- Seguir rigorosamente o tratamento medicamentoso da asma pelo seu médico;

2- Evitar carpetes, tapetes e muitos bichos de pelúcia no quarto das crianças;

3- Manter a casa e a escola limpas e arejadas, reduzindo a poeira, ácaros e fungos;

4- Não fumar perto das crianças;

5- Estar anualmente vacinada para a gripe.

 

Por Hugo Shigematsu

Fonte: Dr. Paulo Pitrez, pneumologista pediátrico.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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