Ao contrário do que muitos podem pensar, não é apenas a genética que influencia no desenvolvimento do rosto. Fatores ambientais e comportamentais também podem interferir nesse processo. Doenças, hábitos faciais e bucais geram disfunções que afetam as formas da face. De acordo com o ortodontista Gerson Kohler, problemas alérgicos e demais doenças respiratórias também são determinantes, uma vez que tendem a interferir no mecanismo respiratório, gerando respiração bucal suplementar e desequilibrando a função muscular facial. “O crescimento ósseo maxilar e mandibular dessas crianças pode estar comprometido, bem como o posicionamento e a organização de seus dentes”, explica.
A recomendação é de que o tratamento comece assim que o problema for diagnosticado, sem carecer do obrigatório uso de aparelhos corretivos. Sabe-se que a idade pré-escolar (entre 3 e 6 anos) é a ideal para uma primeira avaliação. Esse diagnóstico deve ser multidisciplinar, abrangendo ortopedistas, ortodontistas, otorrinolaringologistas, alergologistas, pediatras e fonoaudiólogos.
Texto de Rafael Tadashi
Fonte: Gerson Kohler, ortodontista.