Uma pesquisa realizada pela Huggies identificou diversos benefícios que o abraço e o afeto geram para o desenvolvimento infantil. A pesquisa foi baseada em um artigo desenvolvido pela Canadian Association of Paediatric Health Centres, destacando o efeito positivo do afeto humano em nossa vida.
O resultado apresenta o valor do gesto para os bebês, entendendo que suas necessidades são amplas – além de bons cuidados pessoais, como uma boa alimentação e atenção com a higiene, um bebê precisa de afeto e atenção. Nos primeiros anos de vida, o pequeno necessita de um ambiente acolhedor e flexível, que se ajuste às suas necessidades. A importância do abraço para o desenvolvimento está ligada aos primeiros contatos que o bebê tem com o mundo à sua volta e suas primeiras interações – o abraço está relacionado ao tato, primeiro sentido que desenvolvemos e que proporciona a sensação de quem somos. Além do abraço estar relacionado com descobertas e representar a troca afetiva entre o bebê e a mãe ou o pai, este gesto carrega consigo um compilado de macro benefícios físicos e psicológicos. Dentre os benefícios do abraço identificados pela pesquisa estão:
Abraços reproduzem o ambiente intrauterino do bebê, promovendo-lhe conforto e segurança: Nos estágios iniciais, o abraço contribui para a sustentação do bebê, essencial para o seu desenvolvimento. Ele o protege de estímulos internos e externos, promovendo um “suporte confiável”, que é o somatório de aconchego e proteção fornecidos pelo pai ou pela mãe. Com essa função de “sustentação”, o pai instaura uma rotina (repetitiva) de cuidados cotidianos que vão sustentar, não somente corporal, mas psiquicamente, o pequeno. Desse modo, a realidade externa, para o bebê, é muito simplificada e permite que ele crie pontos de referência simples e estáveis, facilitando sua integração no tempo e no espaço.
Abraços promovem ganho de peso: Estudo conduzido na Duke University School of Medicine descobriu que quando afastados de suas mães quando filhotes, alguns mamiferos apresentavam uma queda no hormônio de crescimento, que só voltava a aumentar, quando a mãe era devolvida para a sua companhia e por isso, o afeto está ligado ao ganho de peso e crescimento saudável.
Abraços ajudam no desenvolvimento do cérebro: Segundo o neurologista Christian Muller, é na primeira infância que o desenvolvimento dos neurônios avançam, adquirindo melhores conexões entre as células nervosas, contribuindo para as funções motoras, de linguagem e social. Ocorrem o crescimento e amadurecimento do cérebro, aquisição dos movimentos, desenvolvimento da capacidade de aprendizado, iniciação social e afetiva, entre muitos outros aspectos interligados e influenciados pelo ambiente onde o bebê vive. O estímulo adequado às crianças de até seis anos, aliado à boa alimentação, gera benefícios que vão desde o aumento da aptidão intelectual até a formação de adultos preparados para lidar com os desafios do cotidiano.
Abraços melhoram nossa capacidade de enfrentar medos e desafios: O afeto pode ajudar as pessoas a diminuírem sua angústia. Os pesquisadores Inagaki TK e Eisenberger NI da UCLA descobriram que, quando os participantes do estudo eram submetidos a situações de desconforto, as regiões cerebrais associadas com atenuação do medo eram ativadas se seus parceiros românticos lhe dessem as mãos. Essa descoberta indica que a oferta de apoio social através do contato físico permitiu-lhes lidar melhor com a experiência estressante.
Abraços agem como fortalecedor do sistema imunológico: O abraço é capaz de prevenir doenças relacionadas ao estresse e diminuir a susceptibilidade de contrair infecções. Segundo estudo da Carneggie Mellon University, um terço das pessoas pesquisadas não desenvolveu os sintomas da gripe – exatamente aqueles que receberam mais abraços e apoio de pessoas de confiança. Em quem foi infectado, mas tinha uma frequência maior de apoio social – como os cientistas chamaram o ato de abraçar no estudo -, os sintomas da doença foram mais brandos.
Abraços promovem um crescimento da nossa autoestima quando adultos: A partir do momento do nosso nascimento, as sensações tácteis são encaixadas em nosso sistema nervoso. Em seguida, durante a nossa infância, os abraços amorosos e afagos que recebemos se desenvolvem em nosso senso de autoestima que levamos para a vida adulta em um nível celular. Nossa família nos mostra que somos amados e especiais. As associações de autoestima e sensações táteis de nossos primeiros anos ainda estão encaixadas em nosso sistema nervoso como adultos e quando somos abraçados lembramo-nos disso a um nível somático. Abraços, portanto, ligam-nos à nossa capacidade de autoamor.
Abraços contribuem para socialização e formam indivíduos menos agressivos na vida adulta: Bebês que recebem atenção e tempo de qualidade junto a seus pais se tornam adultos mais saudáveis e com melhores habilidades sociais. Isso os mantêm calmos porque todos os sistemas corporais e neuronais ainda estão se estabelecendo, descobrindo como vão funcionar. Se os adultos deixam que os bebês chorem muito, esses sistemas desenvolverão um gatilho fácil para o estresse. Por isso, os adultos que tiveram menos contato e menos afeto costumam ter reações de estresse mais vezes e sentem dificuldades para se acalmar. Manuseio e contato corporal são “nutrientes” essenciais para o cérebro em humanos e outros animais em desenvolvimento. Privar os bebês de afeição física pode causar disfunção neurológica, o que leva a um comportamento anormal e prejudicial.
Fonte: Huggies.