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Sons elevados desde a infância podem acarretar perda auditiva precoce

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Imagem: StockImages.

A vida agitada e barulhenta dos dias de hoje vem acendendo o sinal amarelo entre especialistas em audição, que alertam que a perda auditiva pode chegar cada vez mais cedo para as novas gerações. O barulho em excesso começa ainda na infância, em casa e nas escolas.

São barulhos tão corriqueiros nas escolas que não se percebe as consequências de tudo isso. O fato é que esse ruído em excesso pode causar, desde cedo, diversos prejuízos à saúde, como estresse, falta de concentração e até uma progressiva perda auditiva. Os danos à audição podem ser sentidos somente na idade adulta, mas podem ter início nos primeiros anos de estudo, em meio à agitação na sala de aula e em outros ambientes da escola.

“Pais e professores precisam estar atentos para problemas de déficit auditivo de seus filhos e alunos, que muitas vezes passam despercebidos. É necessário avaliar a audição das crianças, principalmente no início da fase escolar, para evitar problemas de aprendizagem, futuros danos auditivos ou mesmo o agravamento de distúrbios já existentes”, aconselha Isabela Papera, fonoaudióloga.

Estudo realizado pela Universidade de Oldenburg, na Alemanha, confirmou que em muitos colégios o barulho nas salas de aula passa do tolerável. O limite suportável para o ouvido humano é de 65 decibéis, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Acima disso, o organismo começa a sofrer danos. Para as salas de aula, a Associação Brasileira de Normas Técnicas estipula o limite de 40 a 50 decibéis. Muitas classes, no entanto, atingem 75 decibéis, principalmente as que têm mais de 25 estudantes. Além disso, o barulho no pátio, na hora do recreio, pode chegar a mais de 100 decibéis.

A exposição ao barulho na escola, somada às variadas situações de ruído em excesso no dia a dia – trânsito, televisão em volume alto, ouvir música alta com fones no ouvido – preocupa médicos e fonoaudiólogos, que preveem problemas de audição cada vez mais cedo entre as novas gerações. É preciso maior atenção de todos, para que as dificuldades para ouvir, comuns na terceira idade, não cheguem ainda na juventude ou na idade adulta.

 
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