Se o tratamento de canal já parece assustador para os adultos, imagina para as crianças? De acordo com a dentista Marina Campos Esteves, o tratamento de canal nos pequeninos se torna necessário quando a polpa dentária (tecido que se encontra no interior do dente) é atingida por trincas, fraturas dentais, normalmente causadas por quedas e principalmente por um processo avançado de cárie.
O tratamento de canal refere-se à remoção dessa polpa, com a substituição do espaço que ela ocupava por uma pasta obturadora odontológica. Em casos de uma inflamação da polpa (pulpite) será necessária anestesia local.
Segundo a especialista, se o caso for mais avançado, ocasionando a morte dessa polpa (necrose), a criança não precisa de anestesia.
“Em dentes de leite removemos a polpa e a substituímos por uma pasta obturadora. Em dentes permanentes substituímos a polpa por cones de um material semelhante à uma borracha, conhecidos como guta percha. Esse tratamento costuma ser realizado em uma única sessão. Já, em dentes permanentes, o procedimento pode durar uma ou mais sessões”, explica Marina.
Mesmo parecendo assustador para os pais e para as crianças, o tratamento é necessário. Conforme a profissional, a intervenção tardia no dente de leite poderá prejudicar a mastigação, a formação da arcada e ainda contaminar os outros dentes, mesmo os que ainda não nasceram.
A turismóloga Giovanna Machado já passou por tratamento de canal, mas toma todos os cuidados para que a filha Carina Machado, de 8 anos, não precise da intervenção. “Criança geralmente não se preocupa muito com os dentes e acha até chato. Cabe a mim, como mãe, ficar no pé. Até hoje, ela nunca teve uma cárie”, afirma.
Para evitar o canal, a dentista recomenda escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia e usar o fio dental corretamente. Além disso, é importante evitar o consumo de doces com frequência, principalmente quando os responsáveis não estiverem por perto para acompanhar a escovação.
A dentista também dá algumas dicas para os pais identificarem os sintomas. Veja:
– Manchas nos dentes, tanto escuras quanto claras;
– Queixas de dor nos dentes;
– Quedas ou traumas sofridos na região da face.
Fonte: Marina Campos Esteves, dentista do Hapvida.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.