O Dia da Vacina BCG é celebrado no dia 1 de Julho, data de criação deste imunizante. Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, Flávia Oliveira explica que a BCG é uma vacina que previne as formas graves de tuberculose. Transmitida pela saliva e materiais contaminados é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch.
O Ministério da Saúde tornou obrigatória a administração da BCG em crianças em 1976. A recomendação é que a vacina seja aplicada em crianças entre 0 e 4 anos, com exceção dos bebês com menos de 2 Kg e aqueles cujas mães fizeram uso de medicamentos imunossupressores durante a gestação. Estima-se que exista a prevenção de mais de 40 mil casos de meningite tuberculosa devido à vacinação em massa.
A pediatra explica que de preferência a vacina deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida do bebê, ainda na maternidade. A dose é única.
No dia da Vacina BCG é importante lembrar sobre a importância da vacinação como medida mais eficaz de afastar de vez as doenças que já tinham sido eliminadas no país.
Mais um fator positivo da vacina foi demonstrado em um estudo recentemente publicado na revista científica Science. Existem evidências que vacinas já existentes, contra a poliomielite e a BCG – contra a tuberculose -, fornecem proteção contra uma ampla variedade de infecções, incluindo respiratórias.
A eficácia da vacina BCG contra o coronavírus já está em avaliação em estudos realizados nos Estados Unidos, na Holanda e na Austrália. A ideia de testar a proteção da BCG contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, surgiu após pesquisas mostrarem que países que usam amplamente a vacina contra tuberculose têm uma taxa menor de infecções por coronavírus do que aqueles que não.
“A ideia não é que essas vacinas possam prevenir completamente a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, mas que elas possam ao menos diminuir a gravidade da doença e preparar o sistema imunológico inato para combater o vírus por um curto período de tempo. Com mais de 7 milhões de infectados no mundo e 425.593 mortes, isso já seria um grande avanço.” Finaliza . Flávia Oliveira.
Nossa fonte: Flavia Regina De Oliveira, Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria