Os bebês não crescem e se desenvolvem de forma equilibrada, eles passam por “explosões súbitas” de crescimento. E isso não é necessariamente ruim, uma vez que esses picos geralmente duram apenas dois ou três dias, com sintomas que incluem fome quase insaciável e comportamento irritadiço.
O pediatra José Gabel afirma que, em geral, um bebê tem cerca de cinco surtos de crescimento no primeiro ano de vida, ocorrendo às 2 – 3 semanas de vida; 4 – 6 semanas; 8 semanas; 3 meses; 4 meses; 6 meses e, por fim, aos 9 meses. Como não há regras, é possível, ainda, que a criança manifeste outros durante todo seu crescimento, inclusive até a adolescência.
Os bebês passam a solicitar mais mamadas que o usual, como forma de compensar e crescer no ritmo acelerado de seu metabolismo. As mães que amamentam ficam receosas em não ter leite suficiente para satisfazer a vontade dos filhos, porém Gabel reitera que as mulheres produzem mais do alimento quando o bebê mama mais, por isso não há motivo para preocupação. “Respeitar esta demanda é essencial para suprir todas as necessidades dos bebês no período”, destaca o pediatra.
Geralmente, os picos de crescimento não manifestam sinais óbvios, mas é possível identificá-los através dos sintomas nas alterações ao nível do sono, comportamento e alimentação. “Pela pesagem e medidas do comprimento, assim como do perímetro cefálico, também é possível perceber que o bebê cresceu e aumentou seu peso em ritmo consideravelmente superior ao normal”, explica o pediatra.
O sono da criança fica completamente desregulado – muitos acordam de hora em hora, dormem em horários trocados e, por conta disso, podem ficar irritados. Todos os bebês passam por essa fase, mas alguns tendem a não manifestar os sintomas usuais.
“É muito importante que os pais lidem pacientemente com os filhos durante essa fase, pois é passageira e o comportamento dos pequenos tende a normalizar após esses curtos períodos de tempo. Atender às demandas de alimentação e sono também é essencial para que as crianças possam se desenvolver saudáveis”, conclui o pediatra.
Fonte: José Gabel, pediatra.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.