A gravidez é um grande acontecimento na vida da mulher. Não é apenas lidar com as próprias expectativas, mas dar conta de cuidar, alimentar e gerar com saúde e responsabilidade um pequeno ser indefeso que só depende dela mesma. Porém, existem algumas possíveis doenças que podem tirar o sono de qualquer gestante, como é o caso do aumento de colesterol.
Um estudo feito pela Universidade da Califórnia, chamado Fate of Early Lesions in Children, sinaliza uma predisposição genética entre mãe e filho para doenças cardiovasculares.
Segundo a Dra. Sueli Freitas Mariano, endocrinologista, o aumento do colesterol durante a gravidez já é esperado. “Durante a gestação é possível chegar em até 60% do colesterol total em relação ao antes da gestação. Por volta da 16º semana, quando o desenvolvimento do feto está praticamente completo, o colesterol começa a se elevar, atingindo o máximo na 30º semana”.
De acordo com a especialista, as mulheres que já tinham colesterol alto antes de engravidar precisam de um cuidado extra com a alimentação. “Para essas mães, o controle tem que ser feito desde o início da gestação, com dieta alimentar e atividade física. A alimentação deve ser restrita em carnes, queijos, bacon, salsichas, alimentos industrializados, alimentos processados e gordurosos. A gestantes deve tomar bastante água, sucos naturais, alimentos ricos em vitamina C (acerola, Kiwi, goiaba, mamão, pimentão, laranja, brócolis, morango, couve-flor), frutas, verduras, legumes e cereais integrais. É importante ressaltar que medicações para reduzir o colesterol ruim são prejudiciais ao feto e não podem ser usadas durante a gestação”, alerta.
Riscos
Caso a mulher sofra com níveis significativos de colesterol alto na gravidez, a mãe e o bebê correm o risco de ter sua saúde prejudicada, como explica Dra. Sueli: “o colesterol ruim elevado pode resultar no quadro de Hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, como trombose. Durante a gestação, pode haver o acúmulo de fios de gordura dentro dos vasos do feto, o que favorece o aparecimento de doenças cardíacas ainda na infância. Portanto, é imprescindível que a gestante tenha um acompanhamento mensal com o obstetra, que será a pessoa que orientará e a conduzirá todos os tratamentos e cuidados necessários nesta fase tão delicada e importante”.
Fonte: Dra. Sueli Freitas Mariano especialista em Endocrinologista.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.