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Saiba como enfrentar o cyberbullying junto com seu filho

cyberbullying

Conciliar a correria diária com a atenção necessária aos filhos, principalmente crianças e adolescentes, é um desafio para os pais neste mundo conectado. Por isso, ficar atento e acompanhar como as crianças usam as redes sociais é essencial para enfrentar o cyberbullying.

Num piscar de olhos, um post, comentário ou imagem publicada nas redes sociais pode causar grande constrangimento e repercussão. É comum encontrar comentários depreciativos, onde jovens de diferentes idades expõem o outro em busca de destaque e aceitação.

“No ambiente virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento do bullying ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo”, aponta Lia Calegari da Cunha, advogada especializada em cyberbullying.

Lia faz um alerta, “o cyberbullying é uma violência como qualquer outra e deve ser combatida sempre que ocorrer, principalmente por estar ligada diretamente à saúde mental das vítimas, que, se não for protegida, pode trazer sérios danos”.

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Especialista dá dicas para enfrentar o cyberbullying junto com seu filho. (Foto: Freepik)

A advogada aponta como identificar se o seu filho está praticando ou sofrendo cyberbullying e como agir diante da descoberta:

  1. Participe e monitore a utilização da internet por crianças e adolescentes. Busque informações sobre o processo de evolução escolar dos jovens, não só avaliando sua capacidade de aprender, como também o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao convívio social.
  2. Pergunte diretamente ao seu filho se ele se sente bem na escola, se tem amigos, se testemunha ou se é alvo ou autor de agressões físicas ou morais.
  3. Fique atento às manifestações como hiperatividade, déficit de atenção, desordem de conduta, dificuldades de aprendizado e agressividade. Estes fatores podem ser frequentemente encontrados nos autores de agressões.
  4. Os sintomas mais frequentes nas vítimas são a passividade quanto às agressões sofridas, um círculo restrito de amizades, baixa autoestima, baixo rendimento escolar, medo e simulação de doenças com o interesse de não comparecer mais às aulas, além da insegurança e baixa sociabilidade.
  5. Busque avaliação psiquiátrica e psicológica. Ela pode ser necessária e deve ser garantida nos casos em que os jovens apresentem alterações de personalidade, intensa agressividade, distúrbios de conduta ou apresentem algum dos sintomas citados. A ajuda permite que o jovem controle sua irritabilidade, expresse sua raiva e frustração de forma apropriada e para que seja responsável por suas ações e aceite as consequências de seus atos.
  6. No caso das vítimas, a ajuda psicológica é essencial para orientar sobre medidas de proteção a serem adotadas, como aprender a ignorar os apelidos, fazer amizades com colegas não agressivos, evitar locais de maior risco e criar coragem para informar aos pais, ao professor ou funcionário sobre o bullying sofrido.
  7. Nos casos mais graves, busque auxílio jurídico. Apesar de não haver leis específicas que prevejam sua prática, o cyberbullying nada mais é do que crime contra a honra praticado em meio virtual. Em grande parte, o autor é obrigado, além de retirar o conteúdo da web, a indenizar a vítima e a se redimir publicamente.
  8. Além das medidas judiciais, onde os pais da criança agressora respondem em nome da mesma, é possível tomar medidas em conjunto, envolvendo a criança agressora, a vítima, os pais e os representantes da escola, como realização de trabalhos voluntários e presença em palestras comportamentais.
  9. Informe-se. No site dialogando.com.br é possível encontrar dicas e orientações de especialistas para viver melhor as possibilidades do mundo digital sem transtornos.

 

Fonte: Lia Calegari da Cunha, advogada especializada em cyberbullying.

 

Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

 

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