Como uma escola particular pode crescer e se tornar um negócio rentável, diante da alta oferta de instituições de ensino em nosso país e de uma crise socioeconômica? A resposta é direta: “Diferenciando-se da concorrência por meio de um modelo de gestão baseado em responsabilidade social e que promova um crescimento sustentável”, sugere a empresária e jornalista Lucy De Miguel, presidente do Instituto Noa e idealizadora do Programa Escolas do Bem.
O modelo vem sendo utilizado por algumas escolas particulares do Estado de São Paulo, há três anos, e os resultados são expressivos. A escola de educação infantil Educare, de São Roque (SP), que iniciou as atividades em 2016, tornou-se uma Escola do Bem quando tinha apenas 13 alunos. Abriu a segunda unidade no ano seguinte e já conta com um total de 110 crianças.
Para o diretor, Adenor Antonio de Lima, “fazer parte desse programa traz resultados expressivos para a escola. Hoje os clientes estão mais atentos para as organizações que têm um olhar diferente para o mundo, um olhar mais humano. Os pais valorizam muito quando sabem que contribuímos para o alcance dos Objetivos da ONU e se sentem orgulhosos”, diz.
A ideia do programa é promover uma ação em rede, mobilizando as escolas em prol de ações sociais que ajudam a construir um mundo melhor, começando pela sua cidade, pelo seu bairro. Não se trata de filantropia, mas de disseminar e implementar um conceito socialmente responsável que propicia relações de ganha-ganha, traz notoriedade e visibilidade para o negócio e promove um diferencial competitivo importante para o seu crescimento.
Para formatar o programa Escolas do Bem, a jornalista se baseou em três pilares importantes. O primeiro é o da causa, que no caso deste programa é a da primeira infância. O segundo pilar está na vinculação do programa aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Já o terceiro pilar faz uma “modelagem” da gestão com responsabilidade social implantada por grandes empresas, como Natura, Coca-Cola, Banco Itaú, entre outros.
“Trata-se de um modelo em menor proporção, porém os conceitos são os mesmos. Trabalhamos as questões do ganha-ganha, mostrando às escolas formas de beneficiar todos os públicos com os quais ela se relaciona (stakeholders). E quando você faz o bem, ele volta pra você. São as sementes que plantamos pelo caminho para melhorar a vida das pessoas que estão mais próximas. Consequentemente, essa melhora será refletida na sua vida e nos seus negócios”, explica Lucy De Miguel.
Para disseminar essa proposta de crescimento sustentável, o Instituto Noa está oferecendo um curso gratuito, online, sobre como implantar um modele de gestão de responsabilidade social nas escolas, O curso é voltado para diretores e gestores. Quem tiver interesse, poderá acessar a primeira lição clicando aqui. Todo o conteúdo será enviado exclusivamente para o e-mail dos interessados. Participe!
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