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Para falar de sexo com as crianças é importante que os pais sempre procurem responder sinceramente a pergunta dos filhos e evitar histórias fantasiosas. Para a psicóloga Patrícia Pereira usar exemplos mais próximos do real, como dizer que o pai planta uma sementinha no útero da mãe para gerar um bebê, é válido e não é uma mentira que, no futuro, pode ser descoberta e enfraquecer a confiança dos filhos nos pais.
Segundo os psicólogos, apesar de sexo ser um assunto abordado esporadicamente pelas crianças, a educação sexual deve ser pensada diariamente. “Os pais devem estar atentos às músicas, brincadeiras, piadas, programas de TV, comentários de pessoas próximas, etc., porque tudo isso traz ensinamentos e regras sobre como a criança deve ser e pensar sendo menina ou menino”, explica Patrícia. Assim, são os adultos quem devem alertar os pequenos sobre padrões estéticos, machistas e preconceituosos presentes na sociedade, para que a criança possa crescer sem tanta pressão.
Em cada fase
As dúvidas vão mudando conforme a criança vai crescendo. Por isso, os psicólogos dão as dicas para lidar com o assunto em cada idade.
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A partir dos 4 anos: é o começo da fase dos “porquês”. Os pais precisam fornecer as respostas e deixar claro que essas coisas pertencem ao mundo dos adultos e farão parte da vida do filho no futuro.
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Aos 8 anos: é a idade em que a criança já presta atenção ao sexo oposto. Os pais devem conversar sobre a diferença entre homens e mulheres, já podendo explicar que os órgãos (que os pequenos já devem conhecer os nomes e as características) são usados para gerar os bebês.
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Aos 11 anos: até essa idade, é importante os pais ficarem atentos à transmissão de valores, regras e normas socialmente aceitos. Não usar estereótipos e nem conceitos preconceituosos que favoreça o homem ou a mulher, por exemplo, é essencial.
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Na adolescência: nessa fase ambos os sexos já têm consciência de suas identidades sexuais. “Os pais devem dar espaço para o pré-adolescente, o diálogo deve ser constante sem ser invasivo e agressivo e deve seguir no sentido de orientar, mas, principalmente, passar confiança e segurança”, recomenda o psicólogo Breno Rosostolato.
Fontes: Patrícia Pereira é psicóloga;
Breno Rosostolato é psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina (SP).