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Jogo da Momo: Desafio virtual usa o medo para colher informações e levar crianças ao suicídio

momo

O acesso de crianças e adolescentes às redes sociais está cada vez mais facilitado. Essa acessibilidade pode trazer benefícios, como: proximidade entre pessoas; melhora no rendimento escolar através de pesquisas acadêmicas; conhecimento de informações atualizadas; favorecimento do raciocínio lógico, atenção e memória. Porém, surgiu recentemente em um aplicativo de mensagens o Jogo da Momo, semelhante ao jogo da Baleia Azul, que fez diversas vítimas no ano passado.

Porém, vale lembrar que a maturidade e as questões emocionais de crianças e jovens podem não estar adequadas para o conteúdo das mídias sociais. “Em muitos casos, esta fase da vida é marcada  por  conflitos  e angústias, pois características de personalidade e sexualidade estão em construção”, afirma a psicóloga Raíssa Serpa. Por isso, é essencial que a família e a escola estejam atentas a sinais de sofrimento psíquico.

Esse novo jogo faz uso de um perfil com uma imagem de uma escultura japonesa, a Boneca Momo, que se aproxima das vítimas após o roubo de dados pessoais e propõe desafios que podem até levar à morte. A partir disso, escolas e órgãos de segurança têm alertado os pais a estreitarem vínculos com seus filhos para que evitem esse nível de  envolvimento nas redes. Diante desses casos, é essencial olhar para esse público com mais cautela aos sinais de baixa autoestima, insegurança e sofrimento de pressões ambientais que podem ser identificados e trabalhados antes de se agravarem.

Para Raíssa Serpa, é válido também questionar os motivos que levam crianças e jovens a se identificarem com esses jogos perigosos. “Muitas vezes não são perceptíveis para eles próprios, e, portanto, o acompanhamento psicológico pode ser necessário. Vale equilibrar o uso de tecnologias com outras atividades, pois nada se compara aos benefícios que a interação social e a comunicação trazem para a qualidade de vida e o
bem-estar emocional dos jovens e de suas  famílias”, completa a profissional.

 

Por Hugo Shigematsu

 

Fonte: Raíssa Serpa, psicóloga do Hapvida.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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