A amamentação exclusiva é primordial na vida do bebê até os seis meses de idade, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde, o leite materno oferece todos os nutrientes e vitaminas que a criança precisa para construir um sistema imunológico saudável, além de suprir suas necessidades nutricionais e psicológicas.
Segundo a consultora de amamentação, Lavínia Springmann, o leite materno é um alimento completo, que fornece inclusive água e fatores de proteção contra infecções comuns durante a infância, além de ser isento a contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança.
Bebês nascidos no período estimado são suficientemente hidratados e não necessitam de líquidos além do leite materno, apesar da pouca ingestão de colostro em seus dois ou três primeiros dias de vida.
A amamentação exclusiva é recomendada por oferecer maior proteção contra infecções. O efeito protetor do leite materno contra diarreias pode diminuir consideravelmente quando a criança recebe, além de leite da mãe, qualquer outro alimento ou complemento, incluindo água e chá. Sob o ponto de vista nutricional, a complementação precoce é desvantajosa para a nutrição da criança, pois além de reduzir a duração do aleitamento materno, também prejudica a absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, independente do número de mamadas.
Não há evidências de que exista alguma vantagem na introdução de outros alimentos antes de quatro meses que não o leite humano na dieta da criança. O sistema digestivo e o rim do bebê ainda são imaturos, o que limita a sua habilidade de manejar alguns componentes de alimentos diferentes do leite materno.
Devido à alta permeabilidade do tubo digestivo, a criança corre o risco de apresentar reações de hipersensibilidade a proteínas estranhas à espécie humana. O rim imaturo por sua vez, não tem a capacidade necessária de concentrar a urina para eliminar altas concentrações de solutos provenientes de alguns alimentos. Aos seis meses a criança encontra-se num estágio de maturidade fisiológica que a torna capaz de lidar com alimentos diferentes do leite materno.
Desta forma, Lavínia destaca os seguintes itens:
-As crianças que mamaram exclusivamente até os seis meses, tanto em países
desenvolvidos como em países em desenvolvimento, apresentam menor risco de
morbidades por infecção gastrintestinal e infecção respiratória, além de
não apresentarem risco maior de déficits de crescimento (peso ou comprimento):
-As mães que amamentam exclusivamente por seis meses apresentaram maior rapidez
na perda de peso acumulado durante a gravidez, diminui a fertilidade e suprimi a
ovulação em algumas mulheres, reduz o risco de câncer no ovário, útero,
endométrio, mama e protege contra a osteoporose.
Por Hugo Shigematsu
Fonte: Lavínia Springmann, Consultora da Amamentação da NUK.
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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.