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Oito atitudes para acabar com as birras dos pequenos

Se há uma situação constrangedora na vida é presenciar uma criança gritando e esperneando dentro de uma loja, supermercado, restaurante ou qualquer local público. Pior ainda se o protagonista for nosso filho. Qual a melhor solução para essas situações? Bater? Esperar a criança cansar? Prometer uma “recompensa” para que ela se controle? São dúvidas que todos os pais têm ou já tiveram.
Antes de resolver o problema, é importante compreender por que as crianças agem dessa maneira. “Birra é um comportamento inerente à criança, ou seja, faz parte do repertório infantil, principalmente se a criança ainda for pequena. Até os dois anos, as crianças não sabem dizer exatamente aquilo que as desagrada, daí fazem manhas e birras, como se dissessem que algo não está como gostariam”, explica a psicóloga clínica e educadora Lucimeire Tomé.
Confira as dicas da psicóloga clínica Luciana Neuber:
– Limites são necessários, mas procure aliar firmeza com suavidade, e não com agressividade.
– Dizer NÃO é sinônimo de amor, mas pense bem quando disser o primeiro “não” para não ceder em seguida. Vá até o fim. Quando você cede, ensina para o seu filho que através da birra ele consegue o que quer. Explique sempre os motivos ao dizer “não”.
– Converse como seu filho antes de sair de casa. Estabeleça regras e informe sobre o que vão fazer. “Vamos ao supermercado, mas para comprar apenas frutas e leite, você poderá escolher uma bolacha ou um chocolate”.
– Quando ele demonstrar irritabilidade ou fizer birra, explique que compreende o que sente, mas que naquele momento o grito e o choro só irão piorar as coisas.
– Ensine a seu filho que a birra não mudará a sua opinião e o seu comportamento.
– Elogie o seu filho quando ele muda o comportamento de birra para a compreensão.
– Quando a criança insistir mesmo após as suas tentativas de amor e compreensão, ignore-a por alguns minutos. Geralmente as birras cessam quando não há platéia.
– Quando a birra ocorrer em lugares públicos, procure segurar a criança e conduzi-la dizendo que conversarão quando chegarem em casa. Se ela continuar, estará escolhendo ser penalizada (a punição deve ser adequada à idade da criança). Punir significa ensinar ao filho que ele terá que arcar com as consequências de seus atos. E não implica em agressividade física e verbal ou castigos severos e inapropriados para a idade da criança.
Texto de Rafael Tadashi
Fontes:
Lucimeire Prestes de Oliveira Tomé é educadora, psicóloga clínica, especialista em  psicologia escolar e educacional em Sorocaba.

Luciana Maria Biem Neuber é psicóloga clínica e terapeuta de casais e família em Bauru.