Pesquisa revela que os pais não acompanham os estudos dos filhos como deveriam
Fonte: Suturi.
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE/2015), feita pelo IBGE, mostra dados preocupantes. Grande parte dos pais ou responsáveis não acompanha nem supervisiona adequadamente o desenvolvimento educacional dos filhos com idade entre 13 a 17 anos.
Segundo o levantamento, 27,35% dos pais não sabem que os filhos faltaram à escola nos últimos 30 dias. Outros 20,5% desconhecem o que esses jovens fazem durante o tempo livre. Também chama a atenção o fato de que 51,35% dos responsáveis não verificam se as tarefas escolares foram cumpridas. Já 32,9% dos pais não entendem os problemas e as preocupações dos filhos.
A ideia de que escola e família devem caminhar juntas não é novidade, mas sempre causa discussões quando o tema é participação. Isso porque, em muitos casos, a educação dos filhos acaba terceirizada para as escolas.
Segundo a gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Cleia Farinhas, a participação dos pais na vida educacional das crianças e jovens é fundamental e cabe à família introduzir às novas gerações temas como formação moral, educação ética e social. “Escola e família têm diferentes papéis e funções formativas, mas são complementares e essenciais na formação do indivíduo”, argumenta.
A pedagoga observa que os jovens aprendem pelo exemplo. Por isso, é necessário que os pais ou responsáveis tenham um papel ativo na educação. “Se eu desejar que os filhos leiam mais, preciso ler na frente deles e com eles. Se quiser entender suas dificuldades, preciso estar disposto a ouvi-los de verdade”, complementa Cleia.
Pais atuantes, filhos seguros
Muitos pais acham que uma boa escola é suficiente para que os filhos tenham uma formação ideal. Contudo, se esquecem de que outros fatores como atenção, participação e envolvimento são necessários para o desenvolvimento das crianças e jovens.
“Em casa, o mais importante é dar suporte emocional para que eles se sintam seguros e valorizados. Jovens pouco estimulados ou fragilizados emocionalmente transformam-se em alunos com problema de autoestima e autonomia – o que, inevitavelmente, vai comprometer o desempenho nos estudos”, ressalta a educadora.