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Traumas na infância podem causar consequências sérias na vida adulta

Traumas na infância

Diversas pesquisas já puderam constatar como traumas na infância aumentam as chances de desenvolvimento de problemas emocionais na vida adulta.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças e Saúde Clínica de Avaliação do Kaieser Permanente, em San Diego, desenvolveram um estudo de Experiências Adversas na Infância, o ACE (Adverse Childhood Experiences), considerada uma das maiores pesquisas já realizadas para avaliar a relação entre traumas na primeira infância e a saúde na vida adulta.

Segundo a psicóloga Flávia Bertuzzo, “os principais traumas de infância que podem originar em maior ou menor grau alterações de comportamento significativas em adultos são: abandono de figuras de afeto na primeira infância, abuso sexual ou estupro e situações de violência ou perigo extremo na infância”.

Agora, a ciência comprova que problemas emocionais desenvolvidos na vida adulta, não são aleatórios e podem ser consequências de traumas sofridos há muito tempo. A saída é a psicoterapia.

Close Up Studio Portrait Of Sad Young Girl

(Foto: Pixabay)

“A psicoterapia em todos os casos de tratamento faz uma ponte do passado com o presente. Assim, o psicoterapeuta pode ajudar o paciente a clarear estas redes e passar a lidar melhor com a carga emocional proveniente destas situações”.

E acrescenta: “O que ocorre com frequência é que estas cargas emocionais advindas de situações traumáticas continuam a ter a mesma força que tinham na infância, embora o indivíduo já seja adulto e tenha condições de amadurecimento e defesas para processar melhor”, esclarece Flávia.

Quando esses distúrbios não são tratados, o indivíduo continua a sofrer as consequências do que ocorreu no passado. “A maioria dos tratamentos são capazes de promover a adaptação, ou seja, o indivíduo vai aprender a conviver saudavelmente com a “cicatriz” que estes eventos produzem. Eles não desaparecem porque aconteceram quando a personalidade ainda estava em formação e acabam por fazer parte desta estrutura, como se fosse um “calo ósseo” que foi agregado à construção da personalidade no meio do caminho. O gerenciamento saudável dessa “cicatriz” pode trazer mudanças na forma da pessoa relacionar-se com o mundo”, finaliza Flávia.

 

Fonte: Flávia Bertuzzo, psicóloga.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.

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