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Veja como evitar que a hora da refeição se torne um pesadelo

“Comer, comer. Comer, comer. É o melhor para poder crescer.” A cantiga popular dá a dica, mas a ordem nem sempre é encarada com animação pelas crianças. Para muitas, a hora da refeição é a oportunidade ideal para colocar a birra em ação. Para desespero das mães, os pequenos choram e esperneiam diante do prato como se estivessem prestes a levar uma surra daquelas. Alguns parecem deprimidos, sem a menor vontade de encarar o arroz com feijão. Daí, haja aviãozinho para convencê-los a comer meia dúzia de colheradas.
Segundo José Gabel, pediatra presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, é preciso respeitar alguns limites que os próprias filhos impõem, já que é natural que o apetite diminua à medida em que vão crescendo. “O certo é não forçar a criança a comer pela expectativa de que grandes volumes de alimento levam a uma melhor qualidade de saúde. Deve-se respeitar as necessidades de cada uma, sem fazer comparações com outras da mesma idade. Não ter fome não é motivo para punição nem deve ser usado como moeda de troca”, explica.
Antes de começar a se preocupar demais com a pouca comida que anda sustentando seu filho, saiba que mais importante do que fazer com que ele bata um “pratão” é garantir a qualidade do que está sendo ingerido. O especialista diz que não existe quantidade certa ou errada: “Fundamental mesmo é que a refeição tenha uma porção adequada de proteínas, gorduras e carboidratos”. Se estiver em dúvida sobre como montar um cardápio que realmente supra as necessidades orgânicas da criança, procure um nutricionista. No caso de bebês que rejeitam o peito ou a mamadeira, por exemplo, José explica que em algum momento eles terão fome e vão aceitar o alimento. “O segredo é estar convicta de que você está fazendo a coisa certa e não desistir”, diz.
 
5 regras de ouro
1. Não use a comida como barganha. Ameaçar colocar a criança de castigo só porque não quer comer a salada só vai piorar a maneira como ela encara verduras e legumes. Dar sobremesa extra caso coma todo o arroz com feijão dá a impressão de que a o doce é o mais importante da refeição.
2. Geralmente, o melhor argumento infantil para se recusar comer alguma coisa é o manjado “não quero porque não gosto”. Tente não ceder diante disso e estimule a criança a experimentar de tudo. Fazer as refeições com ela e demonstrar prazer ao comer o que motivo de manha pode ser bem eficiente.
3. Ninguém morre de fome se pular uma refeição, portanto, não se descabele se o seu filho não quis almoçar. O organismo é inteligente e vai dar o alarme de que está precisando de energia. Nesse momento, por instinto, a criança vai buscar algo para comer.
4. Não existe alimento insubstituível. Se o problema for o bife de fígado, por exemplo, você pode buscar outras fontes ricas em ferro para garantir a devida nutrição dos pequenos.
5. “Raspar o prato” é um conceito antigo de boa alimentação e já caiu em desuso. Forçar a criança a ingerir grandes quantidades pode, inclusive, estimular hábitos que levam à obesidade. Respeite quando ela se diz satisfeita.
Texto de Sabrina Cid.
Nossa fonte
Dr. José Gabel é presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
 
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