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Você dá liberdade à criança para explorar o mundo fora de casa e da escola?

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Imagem: Freepik.

O filósofo e psicólogo Tim Gill defende que é urgente repensarmos a infância, concedendo às crianças mais liberdade para que não percam a conexão com o mundo, transformando-se em adultos mais solitários e inseguros. Por isso, ele também se preocupa em encontrar maneiras de transformar as cidades em espaços amigáveis, que acolham e respeitem os pequenos.

 

Sobre a nossa sociedade e a relação com as crianças, Tim acredita que os tempos modernos transformaram a vida dos pequenos em uma espécie de efeito colateral. “Muita coisa mudou e nós, adultos, não nos ativemos ao impacto disso tudo na infância. Um exemplo é o brincar que, cada vez mais, se distancia das atividades ao ar livre. As crianças estão perdendo a chance de explorar o bairro, conviver com os amigos”.

 

Mas de que forma, por exemplo, adultos da cidade grande podem agir, sem medo dos perigos que ela oferece? Tim acredita que é preciso que pais, educadores e todos que reconheçam a importância de uma infância mais conectada com o mundo externo devam se unir e se organizar. “Os pais organizam o fechamento temporário de ruas com a administração municipal. Durante algumas horas por semana, as crianças brincam na rua onde moram. É um bom exemplo de como os pais podem fazer diferença. Lógico, que é necessário haver o apoio da cidade para permitir que algo assim aconteça. Mas, tenho que admitir que não é fácil. Prefeituras, escolas e sociedade têm que ajudar os pais a criar mais oportunidades para que as crianças brinquem ao ar livre”, opina.

 

E qual o papel da escola para que a criança brinque mais ao ar livre, fora do ambiente escolar? Tim é categórico. “É possível ensinar qualquer coisa ao ar livre: Português, Matemática ou História. A mensagem aos professores é tentem e busquem material e exemplos, pois há muitos educadores que já estão fazendo isso de maneira muito bem-sucedida”.

 

Ele também faz uma análise sobre o uso do tempo do recreio para ampliar as conexões das crianças. “Acho que é preciso oferecer opções mais ricas aos alunos. Isso pode incluir desde a mudança do design da área externa até trazer diferentes elementos para as crianças brincarem. Não estou falando de brinquedos, mas algo que se assemelhe ao conceito do sótão ou da garagem da casa da avó, onde há elementos soltos, como caixas de papelão, pedaços de madeira, pneus, cones de trânsito. O objetivo é que as crianças brinquem com estas coisas e tenham uma experiência rica, cheia de descobertas. Há muitas ideias, que podem ser diversas em diferentes lugares do mundo, mas o primeiro passo é reconhecer a importância desse momento ao ar livre para as crianças brincarem livremente”, completa.

 
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