As aulas voltaram e é neste momento que os pais prestam mais atenção ao desempenho de seus filhos na escola. Mas, o que poucos se atentam é que, muitas vezes, as notas baixas estão relacionadas a dificuldades para enxergar.
De acordo com o Ministério da Saúde, 30% das crianças em idade escolar no país apresentam algum tipo de ametropia. O dado também é confirmado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que aponta que de 3% a 10% delas, com idades entre 7 e 10 anos, precisam usar óculos. Já segundo o Ministério da Educação, mais de 22% dos casos de abandono dos estudos são motivados por problemas na visão.
“É necessário observar se há maior dificuldade para reconhecer objetos e pessoas. Franzir muito a testa, apertar os olhos, tropeçar e cair com maior frequência são outros indicativos de que algo não está bem. E, quando isso acontece, compromete a qualidade das interações sociais da criança, e, principalmente, o seu aprendizado na escola”, alerta a médica oftalmologista, dra. Liane Iglesias.
No entanto, nem todos os pacientes infantis apresentam esses sinais. “Os erros refracionais podem passar despercebidos por um bom tempo, já que a criança não sabe o que está acontecendo com a sua visão. De maneira geral, hipermetropia, astigmatismo e miopia provocam embaçamento ou turvação na vista, dores de cabeça e cansaço visual devido ao esforço feito para tentar enxergar melhor”, esclarece a especialista.
Fonte: Dra. Liane Iglesias, médica oftalmologista e consultora das Óticas Diniz.