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Conheça os efeitos nocivos que o consumismo infantil pode acarretar para a sociedade

consumismo infantil

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O assunto do consumismo infantil é polêmico, mas algumas instituições, como o Instituto Alana, defendem que os questionamentos da criança sobre o que ela pode ou realmente precisa estão sendo deletadas por conta da publicidade em geral. Elas alegam que, se no ser humano essas publicidades persuasivas surtem grande efeito, imaginem só o que acontece na mente infantil cercada por desenhos animados, propagandas coloridas, doces apetitosos…

É exatamente esse efeito da publicidade sobre as crianças que mobilizou a ONG Instituto Alana a criar o Projeto Criança e Consumo em 2006. O Alana procura mobilizar governantes à criação de leis que restringem as propagandas destinadas aos menores de 12 anos, considerados crianças pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Hábitos consumistas influenciam na formação de valores. A criança é estimulada cada vez mais cedo ao ato de consumir e os pais têm de falar muitos ‘nãos’ aos filhos, gerando o fator amolação dos pais. É justo uma empresa sobrecarregar os pais via publicidade?”, alerta Pedro Hartung, assessor do núcleo de advocacia do Instituto Alana.

Para Vitor Pachioni, publicitário e coordenador do curso superior de tecnologia em marketing da Universidade Sagrado Coração (USC) e Fábio José De Souza, advogado e professor de legislação e ética dos cursos de comunicação da USC, é preciso ter cautela em relação à propaganda destina às crianças. “Os cuidados principais estão na composição da mensagem, evitando qualquer informação que possa ser compreendida de forma incorreta ou mesmo dúbia, uma vez que a criança não reúne conhecimentos suficientes para realizar um juízo de valor, distinguindo o certo e o errado”.

Efeitos nocivos

O principal problema é que as crianças não diferenciam o que é conteúdo do que é propaganda, o que gera o aprendizado de um mundo que não existe. Esse pseudo-aprendizado é perigoso e o consumismo pode acarretar problemas da sociedade, como:

  • Obesidade infantil;
  • Violência (crimes oriundos da vontade de ter o que não se pode comprar);
  • Erotização;
  • Estresse familiar;
  • Danos ao meio ambiente, gerados pelo consumo maior do que os recursos disponíveis e também em relação ao descarte do lixo.

 

Texto de Karla Torralba e Lucy De Miguel

 

Fontes: Prof. Ms. Vitor Pachioni Brumatti – Publicitário e Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Marketing da Universidade Sagrado Coração. Prof. Ms. Fábio José de Souza – Advogado e Professor de Legislação e Ética dos Cursos de Comunicação da Universidade Sagrado Coração; Pedro Hartung, assessor do núcleo de advocacia do Instituto Alana.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.