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Má alimentação pode acarretar desempenho ruim na escola

desempenho

Já sabemos que os primeiros anos de vida são essenciais para o desenvolvimento do indivíduo. Se nessa etapa, a criança passa por complexas privações, como a de alimentos saudáveis, seu presente e futuro podem ser comprometidos. Um dos problemas que a falta de uma boa alimentação na primeira infância acarreta é um desempenho ruim na escola.

Duas pesquisadoras, Anna Johnson e Anna Markowitz, da Universidade de Georgetown, nos EUA, publicaram em março de 2017, no jornal científico Child Development, um estudo em que reúnem dados de um trabalho conduzido pelo Departamento de Educação dos EUA, entre 2000 e 2006. A novidade nos resultados é que, mesmo a criança recebendo a quantidade necessária de alimento, caso seus pais ou responsáveis não tenham uma boa alimentação, o seu desenvolvimento também sofre os efeitos psicológicos dessa insegurança alimentar.

Para chegar a esta conclusão, as pesquisadoras analisaram os dados colhidos nas famílias de cerca de 10.700 crianças nascidas no ano 2000 em domicílios de baixa renda. Os pais ou responsáveis responderam perguntas sobre vários aspectos da vida da criança, como a quantidade e qualidade de alimento que recebiam. Também questionavam se os pais passaram fome nos últimos meses.

Mais tarde, a pesquisa foi refeita em idades distintas das crianças e também quando ingressarem na escola. Aplicaram testes de habilidades em matemática e leitura, para medir o desenvolvimento cognitivo, e analisaram uma avaliação dos professores sobre a capacidade de concentração em sala, hiperatividade e vontade de aprender.

O resultado mostrou uma significativa relação entre o desempenho pouco satisfatório na educação infantil e a situação de fome daquela família.

O interessante foi a conclusão sobre o efeito negativo no desenvolvimento da criança de pais que passavam fome: esse fenômeno acontecia porque esses adultos, privados de alimentação, ficavam mais irritáveis e ríspidos com seus filhos ou, ainda, distraídos e deprimidos, envolvendo-se menos com as crianças, prejudicando a interação, o vínculo e a qualidade do tempo em que permaneciam com elas, fatores-chave para estimular o desenvolvimento do cérebro infantil.

 

Fonte: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

 

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Este conteúdo é publicado na revista NA MOCHILA e compartilhado pelo Programa Escolas do Bem, do Instituto Noa.