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Atualmente, as pessoas vivem com a incerteza da crise econômica, a renda apertada e comprometida, juros altíssimos, que levam quase todo o salário. Mas mesmo assim, a vida continua e é necessário saber como agir nesses momentos. O planejamento financeiro, traz a motivação necessária para começar a poupar, aprender a planejar financeiramente para realizar sonhos e objetivos, e nesse processo os filhos precisam estar incluídos. Não como meros beneficiários, mas como participantes ativos de uma atitude que será para o bem estar de todos.
Ensinar os filhos a lidar com dinheiro é fundamental para formar adultos com consciência financeira. O processo educativo de um filho, passa pelo aprendizado de como lidar com dinheiro, para que não se tornem adultos com problemas financeiros, assim como, procurar a sustentabilidade, o uso racional das coisas e do dinheiro.
Segundo a psicóloga Juliana Martins, os pais acabam por realizar a maioria dos desejos dos filhos, pois estão ausentes de casa durante um longo período do dia devido ao trabalho. “Na ânsia de ‘compensar’ essa ausência física, muitos pais acabam por realizar a maioria dos desejos dos filhos. E como hoje em dia vivemos o culto ao ter, principalmente entre crianças e jovens, esses desejos são infindáveis: jogos, celulares, tablets, roupas de marca, bonecas da moda e tantos outros itens materiais.”, explica.
Planejar o orçamento doméstico vai além do controle dos gastos. É a demonstração de um comprometimento com você mesmo, da busca por uma vida melhor e de um futuro tranquilo. “É preciso falar sobre dinheiro, e os filhos devem participar ativamente, pois assim como os adultos abrem mão de seus desejos imediatos em função de um planejamento maior, as crianças e jovens também devem fazê-lo. E essa participação ativa de todos ajuda a lembrar que as nossas maiores riquezas – saúde, amizade, respeito, generosidade – não conseguimos comprar e também não venderíamos por dinheiro algum.”, completa a psicóloga.
Juliana ainda aponta alguns sinais de quando essa conversa sobre “dim-dim” precisa ser feita.
1. A criança é birrenta, bate pé e quer tudo.
2. Os pais culpados pela falta de tempo com os filhos, compensam dando presentes.
3. Os filhos querem porque todos têm, ou porque está na moda. E os pais compram porque todos os amigos têm. “É o efeito manada”.